Sustentabilidade Viável



Lula vai à Colômbia e deve discutir situação da Venezuela com presidente Petro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja na tarde desta terça-feira (16/4) para Bogotá, na Colômbia. Amanhã (17), o chefe do Executivo terá agenda bilateral com o presidente colombiano Gustavo Petro. Entre as pautas, estão meio ambiente, sustentabilidade e cooperação amazônica, bem como a situação política da Venezuela. A previsão é de que, após a reunião, haverá a assinatura de atos bilaterais, seguida de declaração à imprensa.

Segundo o Itamaraty, deverão ser firmados memorandos de entendimentos sobre combate ao tráfico de pessoas, direitos humanos, cooperação policial, combate à fome, entre outros. O petista também participará do Fórum Empresarial Brasil-Colômbia e da inauguração da 36ª Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), onde o Brasil é convidado de honra.

Lula é esperado ainda no Fórum Empresarial promovido pela ApexBrasil, que reúne empresários brasileiros e colombianos de variados setores.

Brasil e Colômbia mantêm intercâmbio comercial significativo, sendo o Brasil o terceiro maior parceiro do país vizinho.

As exportações brasileiras para a Colômbia apresentam tendência de crescimento desde 2003. Em 2023, ano em que o comércio bilateral totalizou US$ 6,1 bilhões, as exportações do Brasil alcançaram USD 3,8 bilhões, e as importações da Colômbia, US$ 2,3 bilhões. Mais de 70 empresas nacionais estão instaladas na Colômbia.

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Mantiqueirias: o turismo gastronômico de Gonçalves na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais

Mantiqueirias: o turismo gastronômico de Gonçalves na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais (Queijos da Serra da Mantiqueira (Foto: @paespelomundo))

Na busca por produtos que façam parte de uma boa mesa saudável, Minas Gerais tem ido além do tradicional. Na cidade de Gonçalves e entorno, no circuito turístico Serras Verdes do Sul de Minas, imersa na Serra da Mantiqueira, encontramos produtores de cogumelos, de geleias, cervejas artesanais, restaurantes com degustação de queijos e até pousada com café da manhã vegano. Agora todos os sabores da região estão indo mais longe.

Quem conhece Gonçalves se encanta à primeira vista com a ruralidade gastronômica daquele lugar. O centro da cidade é porta de entrada para uma dezena de pousadas afastadas – a maioria em estilo chalés, com vista para um mar verde, quase intocado, um ar puro e um encontro de chefs, produtores, cozinheiros e produtos artesanais sustentáveis. Um estilo de vida e um turismo gastronômico de vanguarda.

Drinks feitos com azeite na Oliq (Foto: @paespelomundo)

O acesso principal é a estrada AMG-1930 que liga a sede do município à MG-173, rodovia que dá acesso, ao sul, ao Vale do Paraíba, Via Dutra e São Paulo. No caminho várias paradas em cafés, produtores de azeite, queijos e muitas outras regionalidades.

Fazer turismo gastronômico pelo Brasil é uma viagem de descobertas, de encontros, de história a descobrir e a construir. Pelo mundo, quem faz turismo em cidades como Bolonha, na Itália, ou no interior da França, vai encontrar uma infinidade de programas por restaurantes renomados, por produtores de vinhos, por pratos conhecidos, por produtos que tem até o nome da própria cidade, como Torrone, Parma, Orange, entre outras. Por aqui, o turismo gastronômico tem um toque a mais, a natureza se alia à sustentabilidade, aos mares, às montanhas, aos sabores do campo, à nossa biodiversidade.

Costelinha com barbecue de goiabada – Sauá Restaurante (Foto: @paespelomundo)

Gonçalves

Em Gonçalves, o restaurante Sauá, do chef e professor Vitor Pompeu, faz mais uma vez esse encontro entre pequenos produtores, técnicas gastronômicas e um público cada vez mais curioso e interessado em boa gastronomia. O restaurante é uma referência na cidade. Foi lá que provamos a costelinha de porco com barbecue de goiabada e crispy de couve. Impecável.

Os sabores de Gonçalves estão nos restaurantes, nas pousadas, nos cantinhos das ruas, como no Chalezinho GastroBar e seus quitutes notívagos. Mas turismo gastronômico no Brasil não é fácil. É preciso aprendermos a viajar pelo interior desse país entre “cachoeiras e serras” como viajamos pelo exterior entre “vales e castelos”. É reconhecer o valor da natureza e sua abundância. É preciso sermos a demanda para que pequenos produtores não desistam.

Truta defumada no Paleobergue (Foto: @paespelomundo)

Um dos restaurantes e hospedagens interessantes que conheci em Gonçalves, por exemplo, fechou as portas, deu adeus ao projeto da culinária paleolítica no sul de Minas. A dieta paleo, baseada nos tipos de alimentos presumivelmente consumidos pelos humanos durante a Era Paleolítica, que durou até cerca de 10.000 anos atrás, antes do desenvolvimento da agricultura, tinha um exemplo bem ali em Gonçalves. O sonho de empreender não se vive sem demanda, sem pessoas que reconheçam valor no esforço, no cuidado, no diferencial do empreendimento.

Mas Gonçalves resiste e vai além. Na pousada Vida Verde, além da hospedagem aconchegante num enorme terreno verde, provei o café da manhã vegano. Uma incrível combinação dos melhores produtos da região. Ao som da cachoeira do Simão que faz parte da pousada. Frutas e até flores comestíveis colhidas na hora.

E como estamos em Minas Gerais, café não pode faltar. Numa das mais charmosas cafeterias da cidade, o Armazém São Bento, a Vera nos recebeu com bolos caseiros e café da região para esquentar o clima frio da serra. E os dias na Mantiqueira foram assim: entre café e bolos, queijos, casa de cogumelos e feiras livres.

Harmonização gastronômica com cervejas no Zalaz (Foto: @paespelomundo)

Parte desse tour gastronômico nos levou a conhecer a Zalaz, uma linda e moderna fazenda que produz cervejas, cafés, destilados etc. Um conceito sustentável que une comunidade, tradições, meio ambiente e já vem sendo reconhecido por vários países que importam seus produtos, como o Japão, por exemplo.

Mantiqueirias

Diante de tantas possibilidades, de tantos produtos incríveis que não poderiam ficar só no interior de Minas, o Mantiqueirias – clube de assinaturas, reúne todos os meses parte desses produtos da Serra da Mantiqueira e leva até nossa casa. Em parceria com todos esses produtores, que o clube faz questão de enaltecer os nomes, o Mantiqueirias entrega caixas com a curadoria de Adrian Alexandri, idealizador do projeto.

Numa nova caixa, recém-lançada, o Mantiqueirias disponibiliza três desses cinco queijos: Capela Velha, premiado no Mondial du Fromage, na França (Prata em 2017 e Bronze em 2019); Fazenda Jacob, bronze no Mondial du Fromage 2023; Irmãos Faria, produzido por dois jovens e já com Ouro em 2023, no Prêmio Queijo Brasil; Queijo do Cláudio, de casca mofada, Bronze no Mondial du Fromage, em 2019; e Queijo do Onésio, também de casca mofada, um dos precursores na região. As três meias-peças somam entre 1.6 kg, e 1.7 kg. Sempre acompanha uma lata de 420g do Doce de Leite Tropical, de Alterosa MG, puro ou com café, coco ou nozes.

Cachoeira do Simão na pousada Vida Verde (Foto: @paespelomundo)

Propósito do Mantiqueirias

Criado em 2020, o Mantiqueirias é um clube de assinatura que nasce com o propósito de valorizar o pequeno produtor da Serra da Mantiqueira. Todo mês uma caixa com cinco a seis diferentes produtos chega ao assinante: queijos, geleias, doce de leite, cervejas, cafés, aguardentes, azeites, chocolates, artesanato e muito mais. Entrega na cidade de São Paulo e região e em localidades onde o envio por Sedex não leve mais que um dia.

Sem dúvidas é uma daquelas ideias cheias de ideais. Um estilo de vida como propósito. Totalmente ao encontro da saudabilidade nas cozinhas, inspirando produtores, contando histórias. Viajar nem sempre é sair de casa. Mas é sem dúvidas querer conhecer, ter a mente aberta para o novo, e entender qual é nosso papel na vida. Afinal, viver é sobre conhecer, é sobre conhecimento. Que tal conhecer o Brasil com um tour pela Mantiqueira?

Thiago Paes é consultor em turismo gastronômico, apresentador de TV no Travel Box Brazil e colunista de Viagem e Gastronomia. Está nas redes sociais como @paespelomundo

Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo

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Mantiqueirias: o turismo gastronômico de Gonçalves na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais

Mantiqueirias: o turismo gastronômico de Gonçalves na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais (Queijos da Serra da Mantiqueira (Foto: @paespelomundo))

Na busca por produtos que façam parte de uma boa mesa saudável, Minas Gerais tem ido além do tradicional. Na cidade de Gonçalves e entorno, no circuito turístico Serras Verdes do Sul de Minas, imersa na Serra da Mantiqueira, encontramos produtores de cogumelos, de geleias, cervejas artesanais, restaurantes com degustação de queijos e até pousada com café da manhã vegano. Agora todos os sabores da região estão indo mais longe.

Quem conhece Gonçalves se encanta à primeira vista com a ruralidade gastronômica daquele lugar. O centro da cidade é porta de entrada para uma dezena de pousadas afastadas – a maioria em estilo chalés, com vista para um mar verde, quase intocado, um ar puro e um encontro de chefs, produtores, cozinheiros e produtos artesanais sustentáveis. Um estilo de vida e um turismo gastronômico de vanguarda.

Drinks feitos com azeite na Oliq (Foto: @paespelomundo)

O acesso principal é a estrada AMG-1930 que liga a sede do município à MG-173, rodovia que dá acesso, ao sul, ao Vale do Paraíba, Via Dutra e São Paulo. No caminho várias paradas em cafés, produtores de azeite, queijos e muitas outras regionalidades.

Fazer turismo gastronômico pelo Brasil é uma viagem de descobertas, de encontros, de história a descobrir e a construir. Pelo mundo, quem faz turismo em cidades como Bolonha, na Itália, ou no interior da França, vai encontrar uma infinidade de programas por restaurantes renomados, por produtores de vinhos, por pratos conhecidos, por produtos que tem até o nome da própria cidade, como Torrone, Parma, Orange, entre outras. Por aqui, o turismo gastronômico tem um toque a mais, a natureza se alia à sustentabilidade, aos mares, às montanhas, aos sabores do campo, à nossa biodiversidade.

Costelinha com barbecue de goiabada – Sauá Restaurante (Foto: @paespelomundo)

Gonçalves

Em Gonçalves, o restaurante Sauá, do chef e professor Vitor Pompeu, faz mais uma vez esse encontro entre pequenos produtores, técnicas gastronômicas e um público cada vez mais curioso e interessado em boa gastronomia. O restaurante é uma referência na cidade. Foi lá que provamos a costelinha de porco com barbecue de goiabada e crispy de couve. Impecável.

Os sabores de Gonçalves estão nos restaurantes, nas pousadas, nos cantinhos das ruas, como no Chalezinho GastroBar e seus quitutes notívagos. Mas turismo gastronômico no Brasil não é fácil. É preciso aprendermos a viajar pelo interior desse país entre “cachoeiras e serras” como viajamos pelo exterior entre “vales e castelos”. É reconhecer o valor da natureza e sua abundância. É preciso sermos a demanda para que pequenos produtores não desistam.

Truta defumada no Paleobergue (Foto: @paespelomundo)

Um dos restaurantes e hospedagens interessantes que conheci em Gonçalves, por exemplo, fechou as portas, deu adeus ao projeto da culinária paleolítica no sul de Minas. A dieta paleo, baseada nos tipos de alimentos presumivelmente consumidos pelos humanos durante a Era Paleolítica, que durou até cerca de 10.000 anos atrás, antes do desenvolvimento da agricultura, tinha um exemplo bem ali em Gonçalves. O sonho de empreender não se vive sem demanda, sem pessoas que reconheçam valor no esforço, no cuidado, no diferencial do empreendimento.

Mas Gonçalves resiste e vai além. Na pousada Vida Verde, além da hospedagem aconchegante num enorme terreno verde, provei o café da manhã vegano. Uma incrível combinação dos melhores produtos da região. Ao som da cachoeira do Simão que faz parte da pousada. Frutas e até flores comestíveis colhidas na hora.

E como estamos em Minas Gerais, café não pode faltar. Numa das mais charmosas cafeterias da cidade, o Armazém São Bento, a Vera nos recebeu com bolos caseiros e café da região para esquentar o clima frio da serra. E os dias na Mantiqueira foram assim: entre café e bolos, queijos, casa de cogumelos e feiras livres.

Harmonização gastronômica com cervejas no Zalaz (Foto: @paespelomundo)

Parte desse tour gastronômico nos levou a conhecer a Zalaz, uma linda e moderna fazenda que produz cervejas, cafés, destilados etc. Um conceito sustentável que une comunidade, tradições, meio ambiente e já vem sendo reconhecido por vários países que importam seus produtos, como o Japão, por exemplo.

Mantiqueirias

Diante de tantas possibilidades, de tantos produtos incríveis que não poderiam ficar só no interior de Minas, o Mantiqueirias – clube de assinaturas, reúne todos os meses parte desses produtos da Serra da Mantiqueira e leva até nossa casa. Em parceria com todos esses produtores, que o clube faz questão de enaltecer os nomes, o Mantiqueirias entrega caixas com a curadoria de Adrian Alexandri, idealizador do projeto.

Numa nova caixa, recém-lançada, o Mantiqueirias disponibiliza três desses cinco queijos: Capela Velha, premiado no Mondial du Fromage, na França (Prata em 2017 e Bronze em 2019); Fazenda Jacob, bronze no Mondial du Fromage 2023; Irmãos Faria, produzido por dois jovens e já com Ouro em 2023, no Prêmio Queijo Brasil; Queijo do Cláudio, de casca mofada, Bronze no Mondial du Fromage, em 2019; e Queijo do Onésio, também de casca mofada, um dos precursores na região. As três meias-peças somam entre 1.6 kg, e 1.7 kg. Sempre acompanha uma lata de 420g do Doce de Leite Tropical, de Alterosa MG, puro ou com café, coco ou nozes.

Cachoeira do Simão na pousada Vida Verde (Foto: @paespelomundo)

Propósito do Mantiqueirias

Criado em 2020, o Mantiqueirias é um clube de assinatura que nasce com o propósito de valorizar o pequeno produtor da Serra da Mantiqueira. Todo mês uma caixa com cinco a seis diferentes produtos chega ao assinante: queijos, geleias, doce de leite, cervejas, cafés, aguardentes, azeites, chocolates, artesanato e muito mais. Entrega na cidade de São Paulo e região e em localidades onde o envio por Sedex não leve mais que um dia.

Sem dúvidas é uma daquelas ideias cheias de ideais. Um estilo de vida como propósito. Totalmente ao encontro da saudabilidade nas cozinhas, inspirando produtores, contando histórias. Viajar nem sempre é sair de casa. Mas é sem dúvidas querer conhecer, ter a mente aberta para o novo, e entender qual é nosso papel na vida. Afinal, viver é sobre conhecer, é sobre conhecimento. Que tal conhecer o Brasil com um tour pela Mantiqueira?

Thiago Paes é consultor em turismo gastronômico, apresentador de TV no Travel Box Brazil e colunista de Viagem e Gastronomia. Está nas redes sociais como @paespelomundo

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Colaborando com a Agenda 2030

Colaborando com a Agenda 2030 (Foto: Satheesh Sankaran/ Pixabay )

Vivemos o tempo da sustentabilidade! A expectativa é que o mundo se movimente até 2030, para um novo comportamento! Este é um movimento mundial, mas será que veremos estes objetivos e metas serem alcançados?

Era já 2015, quando em uma Assembleia Geral das Nações Unidas, os chamados Estados Membros, que somavam quase 200 entes naquele momento, se reuniram, bastante preocupados com os rumos que o mundo seguia. Nesse encontro, perceberam a necessidade de que fossem definidas metas, que contemplassem pelo menos as dimensões ambiental, social, econômica e institucional, como uma estratégia mundial, com a tentativa ousada de que ninguém, nenhum ser humano do planeta terra fosse deixado de lado.

Naquele momento, nasceram os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, que são tão falados e nem todos os viventes ainda entendem ou interagem com as metas estabelecidas em cada um dos 17 objetivos traçados.

Isso aí, são 17 objetivos e 169 metas globais, interconectadas, defendendo a necessidade de oferecermos ao mundo, todos unidos em um só compromisso, caminhos transformadores para a sustentabilidade.

Teoricamente isso proporcionará uma maior qualidade de vida para tudo e para todos, mas é sempre bom lembrar, que temos um prazo previsto para isto acontecer. Falamos do ano de 2030, aliás, quando você leitor, ouvir falar da agenda 2030, saiba que é sobre sustentabilidade que estamos falando!

Entendendo os ODS

Eu decidi me adequar a esta realidade e fui à cata de maiores informações sobre os ODS e suas metas e lógico, fui tentando entender como, quando e que situações conseguiria como cidadão, que vive no interior do Brasil, poderia contribuir com o cumprimento de toda Agenda 2030.

Por um lado, é muito desafiador, quando você começa a interpretar um por um dos objetivos de desenvolvimento sustentável e percebe, que ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, almejar a melhora da qualidade de vida não é uma obrigação apenas dos governantes, seja qual for a sua instância de atuação, mas de toda a sociedade mundial e é aí que o aperto chega.

Concordam que a Agenda 2030 só será concretizada se tivermos um alto percentual de mudança em nosso comportamento cotidiano? Pois é, o problema, é que estamos falando de bilhões de pessoas, com conhecimentos, culturas, vivências e expectativas diferentes no seu “corre” diário!

Pensando nisso, quebrei a cabeça e vou dizer, que não foi pouco e comecei a ver, como eu, cidadão brasileiro, independente de qualquer indução, poderia oferecer a minha contribuição para este movimento de transformação de toda a terra e é aí que, de certa forma, a coisa começa a ficar facilitada.

De fato, sozinhos não conseguiremos mudar nada! Em compensação, se não fizermos a nossa parte, cada um de nós contribuindo à sua forma, dentro da sua condição, aí sim é que o mundo não sai do lugar e poderemos desistir de pensarmos em um mundo sustentável.

Meta pessoal

Fui a luta e pessoalmente, comecei me observando como cidadão e como me comportava socialmente, economicamente e como contribuía para uma qualidade ambiental satisfatória nos locais onde rotineiramente frequentava no meu dia a dia.

Vi rapidamente, que poderia mudar alguns hábitos, buscar mais informações sobre tudo isso e conversar mais com as pessoas do trabalho, do meu rol de amizades, da minha família, sobre o que podemos fazer para que tenhamos sucesso em 2030.

Comecei de forma muito simples, promovendo uma coleta seletiva do “lixo” ou dos resíduos que produzia em minha casa. De cara percebi, que meu município já orientava a comunidade a se organizar para este fim, já que o caminhão do lixo tinha dias especiais da semana para o volume da coleta seletiva, separadamente do chamado lixo molhado.

Neste momento, já vi que não estava sozinho e que mudando meus hábitos caseiros, já estava comungando com o comportamento de mais pessoas em meu bairro, portanto em todo o meu município. Fiquei muito satisfeito em saber que além de mim, muitos vizinhos também já recolhiam seu lixo de maneira seletiva e já seguiam a rotina de coleta definida e conduzida pelo poder público.

Foi tão bom me sentir mais cidadão, perceber que estava contribuindo com o todo e o melhor, sem nem sair de casa! Meu trabalho foi exclusivamente ficar mais atento com o tipo de lixo que estava produzindo e como devia descartá-lo!

Conhecimento é fundamental para metas da Agenda 2030

Outra iniciativa importante que tomei, foi investir em conhecimento e me matriculei em mais um MBA, desta vez em ESG – Environment, Social & Governance, um conjunto de padrões e boas práticas, que tem como foco, definir e orientar práticas socialmente conscientes, sustentáveis e corretamente gerenciadas.

Este ano de convivência neste curso, com colegas do Brasil inteiro, aprendendo com professores especializados e um conteúdo bastante profundo em temas relevantes para todo este cenário transformador, tem sido fundamental para me sentir cada vez mais inserido e colaborando de fato com o alcance dos objetivos de Desenvolvimento sustentável preconizados na Agenda 2030!

Faltava, porém me enxergar na prática efetiva e aí ficou mais fácil ainda contribuir!

Como sabem, sou geógrafo, Analista Ambiental e trabalho atualmente com a implantação de projetos socioculturais e ambientais junto à algumas empresas em Minas e no Pará, que me aproximam de assentamentos, comunidades menos favorecidas, distritos e ambientes rurais em cidades com características bem diferenciadas, mas que convivem com os mesmos problemas dentro do universo social, ambiental, econômico e institucional.

No meu dia a dia profissional, é muito comum me ver atuando em ações e projetos que fazem parte de Programas de Educação Ambiental que, pela sua natureza, compreendem processos pelos quais as comunidades, em vários formatos, constroem valores sociais, habilidades, desenvolvem conhecimentos e capacidades que proporcionam a conservação do meio ambiente, que é um bem de uso comum para todos e é também essencial à qualidade de vida e claro, à sustentabilidade.

Querem saber como isso acontece em minha rotina?

Vou relatar abaixo, uma magnífica experiência que vivi recentemente em São Gonçalo do Bação, distrito do município de Itabirito em Minas Gerais onde resido. A intenção era celebrar o Dia Mundial da Água, que é comemorado em 22 de março, com crianças, jovens e seus familiares que vivem nas áreas de entorno da Cachoeira da Benvinda!

Foto: Ubiraney Silva

Acompanhem a vivência interessante, que tivemos.

Em uma manhã divertida na Cachoeira da Benvinda em São Gonçalo do Bação, com uma equipe de profissionais, desenvolvemos uma atividade de campo com as crianças e adolescentes do distrito e das comunidades de entorno.

No passeio ensolarado, todos puderam se proteger tomando bastante água, utilizando o protetor solar, muito repelente e conhecer um pouco da história do local onde estão inseridas as cachoeiras do complexo Benvinda.

Por ali todos os participantes aprenderam sobre os biomas e suas espécies, que foram facilmente observados no local e descobriram a importância da vegetação para a produção de água e para a qualidade do solo.

Foto: Ubiraney Silva

Os pequenos desbravadores e alguns pais e familiares que os acompanhavam viram, que o descuido nestas áreas, gera o risco dos processos de erosão e o comprometimento da qualidade da água, que é tão abundante na região.

Naquele dia, não faltou oportunidade para aprenderem também sobre a necessidade da conservação dos locais onde estão as cachoeiras, que são muito usadas por moradores e visitantes, mas que nem sempre tem o cuidado de recolherem os resíduos que são levados e deixados por lá.

Foto: Planeta D Social

Em um exercício animado, as crianças puderam com sua observação atenta, identificar e indicar o que estava errado naquele local e porque aquilo não pode acontecer, afinal o lixo não é saudável para os recursos hídricos, que devem ser conservados e protegidos por todos.

Com destaque para a importância da preservação dos Recursos hídricos para a manutenção da vida e de todas as espécies, de maneira bem lúdica os participantes mirins, aprenderam muito sobre a eficiência e a grandeza e a função da mata ciliar e sobre o conceito de bacia hidrográfica, bem como os rios, nascentes, lagoas e oceanos se conectam!

Tivemos algumas horas de diversão, sensibilização ambiental, integração e muita troca de conhecimentos. Sem falar, que aquelas crianças que tiveram esta riquíssima oportunidade, certamente voltaram para suas casas com uma bagagem ambiental bem mais recheada e prontos para se juntarem ao exército que fará a Agenda 2030 dar certo!

Percebem que todos nós podemos oferecer nossa contribuição para o alcance de um mundo melhor, mais sustentável e mais sensível às boas práticas que nos proporcionam uma maior qualidade de vida?

Por aqui, sigo mais animado e consciente de que, a minha maneira, sou parte desta transformação, muitas vezes sem sair da minha casa e sem ações mirabolantes, mas diretas e que trazem eficiência à sustentabilidade do território que me vejo inserido cotidianamente.

Pense aí, o que você pode fazer para fazer parte do nosso exército sustentável? Reflita sobre qual é o seu papel, o seu compromisso com a Agenda 2030!

Tome sua decisão, te garanto que sua vida ficará muito mais leve e saudável! Boa sorte e bem-vindo ao mundo transformador da sustentabilidade!

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Mato Grosso do Sul assina acordo para promover empreendedorismo indígena

Brasilândia (MS) — O governo do Mato Grosso do Sul assinou nesta sexta-feira (12/4) um termo de cooperação com o Sebrae para promover o empreendedorismo indígena. O estado possui 116 mil indígenas, de 10 etnias, divididos em 106 aldeias.

A parceria contempla capacitações profissionais, ações de acesso ao mercado de trabalho, entre outras iniciativas para apoiar o desenvolvimento do empreendedorismo nas comunidades indígenas. Um dos exemplos em andamento é o curso Empretec Indígena, que está sendo realizado com os Ofaié, em Brasilândia.

“É uma parceria que, na minha visão, vai transformar a realidade social dentro dos territórios indígenas. Ele traz não só o empoderamento dessas pessoas, mas também aperfeiçoa os trabalhos, as iniciativas, seja na área da arte, da cultura, mas também nas outras áreas do sistema de produção interna das nossas comunidades”, declarou Fernando Souza, subsecretário de Estado de Políticas Públicas para os Povos Originários do MS.

O governador do estado, Eduardo Riedel, também defendeu a atividade indígena. “O Estado tem obrigação de, através das políticas públicas, chegar à cada rincão desse território para poder fazer valer a política pública e a participação dessas pessoas no seu bem-estar, a partir das suas próprias visões, interesses e oportunidades”, disse.

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional, comentou a representatividade do Mato Grosso do Sul no empreendedorismo indígena. “Aqui há uma diferença muito especial, por isso o Sebrae Nacional está no MS. Todos sabemos que o conceito da sustentabilidade, dentro do processo econômico, permite renda, permite acesso à dignidade para os povos indígenas. É para levar este paradigma que o Sebrae e o Governo do Estado assinam esse termo. Estamos modificando a vida das pessoas para dar dignidade pelo empreendedorismo”, afirmou.

Com a assinatura, o Termo de Cooperação Institucional para o desenvolvimento de ações de empreendedorismo para os povos indígenas de Mato Grosso do Sul terá vigência de um ano, podendo ser prorrogado.

*A repórter viajou a convite do Sebrae

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EPR arremata concessão de trecho da BR-040 em MG com desconto de 11,21% sobre valor do pedágio

A empresa EPR venceu o leilão e arrematou a concessão de um trecho de 232 km da BR-040, que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora, em Minas Gerais. A disputa no leilão realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes, na B3, em São Paulo, envolveu três grupos: CCR, EPI e o consórcio Vetor Norte, formado por empreiteiras menores e lideradas pela Infratec Engenharia.

A proposta da EPR promoveu um desconto de 11,21% sobre a tarifa básica de pedágio, inicialmente fixada em R$ 13,91, enquanto a CCR ofereceu um desconto de 1% e o consórcio Vetor Norte não ofereceu desconto.

O edital da concessão prevê um prazo de 30 anos sobre o controle do trecho. Durante o período, o projeto prevê diversas melhorias na rodovia, com investimentos que ultrapassam R$ 8 bilhões.

Com a privatização do trecho, a EPR se comprometerá com a duplicação de 163,9 mil km da rodovia, bem como a oferta de 42,1 mil km de faixas adicionais, adição de 15,3 mil km de vias marginais e 14,3 mil km de ciclovias, além da construção de oito passarelas e 57 pontos de ônibus, cinco postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um ponto de parada e descanso (PPD) para motoristas profissionais.

O presidente do Grupo EPR, José Carlos Cassaniga, afirmou que a empresa está muito preparada para operar a rodovia e se comprometeu com a promoção de uma agenda de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável nas operações da região.

“Devo ressaltar o engajamento dos nossos acionistas que juntos constituem a EPR e viabilizaram investimentos consistentes promovendo a governança, a disciplina de capital e o fortalecimento da parceria com os usuários do trecho e a sociedade”, afirmou o executivo.

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Sustentabilidade, consumo consciente e propósito são os destaques do The Brando

Sustentabilidade, consumo consciente e propósito são os destaques do The Brando (Foto: Divulgação)

Ao trabalhar em conjunto com seu parceiro de administração sem fins lucrativos, o Tetiaroa Society, o The Brando liderou o desenvolvimento de inúmeras tecnologias e iniciativas que causaram um importante impacto no mundo e que vai além das margens deste resort remoto e idílico. São incontáveis os programas de pesquisa e conservação do The Brando e listamos todas elas:

Ar-condicionado em alto mar

É o primeiro sistema SWAC (Sea Water Air Conditioning) na Polinésia Francesa retirando água quase 3.000 pés abaixo do nível do mar para resfriar todos os edifícios do resort. Já o consumo de energia necessária para o ar condicionado, reduziu em quase 90% e a energia total em aproximadamente 60%.

Energia solar

Foto: Divulgação

O hotel possui mais de 4000 painéis solares ao longo da pista de pouso, fornecendo 60% do consumo de eletricidade. Os aquecedores solares, fornecem quase todas as necessidades de água quente do hotel.

Gestão de água no The Brando

Foto: Divulgação

55% da água do resort é proveniente da recuperação da água da chuva, inclusive para piscinas e lavanderia. É extraída da lente de água doce do atol e da planta de osmose para purificação de água ecológica. A água do mar é dessalinizada e utilizada nos banheiros. E não para por aí, os jardins são irrigados com sistema de reciclagem de efluentes. E o hotel, oferece água com gás e sem gás engarrafada no local, com sistema Natural Water, para os hóspedes.

Redução de resíduos

Já são 29 linhas de triagem de resíduos diferentes, das quais 15 linhas vão para reciclagem. Além disso, é utilizado garrafas de vidro trituradas no local e usadas para fazer caminhos de areia. Sem contar, que já são dois biodigestores que processam e transformam até 300 kg de resíduos alimentares diários em composto rico em nutrientes.

Projeto de Restauração do Atol Tetiaroa

Um programa de vários anos que envolve especialistas mundiais em restauração de ponta, biossegurança e pesquisa científica.

Produção de alimentos

Foto: Divulgação

O The Brando utiliza técnicas agrícolas ancestrais da Polinésia que permitem a colheita de frutas e vegetais de alta qualidade, apesar de um solo de coral. Grande variedade de produtos tropicais são cultivados no local para os restaurantes. E além dessa técnica, já são 70 colmeias espalhadas por três motus com uma produção de 2 toneladas de mel por ano, em média.

Sobre a Biossegurança no The Brando

Os protocolos de biossegurança incluem o controle de todos os tipos de plantas recebidas para preservar espécies endêmicas e nativas do atol.

Iniciativa Blue Climate Initiative (BCI)

O lançamento de uma campanha global chamada Blue Climate Initiative (BCI), foi inspirado em uma conversa entre o fundador do resort, Richard Bailey e Barack Obama. O objetivo é reunir as maiores mentes do mundo para acelerar as soluções oceânicas para as mudanças climáticas, combinando pesquisa científica com inovação. O BCI recebeu o apoio de alguns dos maiores especialistas e defensores da sustentabilidade do mundo, incluindo Sylvia Earle e Costas Christ, Marc Benioff, Laura Turner Seydel, S.A.S. e Príncipe Albert II de Mônaco. Um fato importante, é que já reuniu mais de 200 cientistas e defensores dos oceanos para seu evento inaugural em maio de 2022.

Monitoramento de tartarugas marinhas verdes

Foto: Divulgação

O trabalho de campo monitora a desova de tartarugas a cada ano e registra dados vitais sobre o comportamento e os locais de nidificação. As tartarugas que nidificam no Motu Onetahi também se tornam parte do programa de educação para os hóspedes.

Shark Ecology and Behavior

A Universidade de Washington utiliza receptores acústicos debaixo d’água para rastrear o comportamento dos tubarões locais e entender os hábitos desses predadores-chave.

Sensibilização e impacto social no The Brando

A semana de integração sempre inclui o Green tour guiado e o compromisso de seguir a política de proteção ambiental, dentro e fora do serviço. Os hóspedes também recebem o Green tour como parte do programa de turismo com tudo incluído. A abordagem do The Brando envolve a participação em eventos incluindo funcionários do hotel e também seus clientes: Dia Mundial da Limpeza, Dia Mundial sem Sacolas Plásticas, Dia da Terra e Hora do Planeta. Os colaboradores do hotel são sensibilizados para o desenvolvimento sustentável através de “Green Teams” que incluem formação, consultas, debates, etc.

Foto: Divulgação

Também há a redução do desperdício de alimentos ou economia de água incentivada com visuais importantes. O hotel disponibiliza bicicletas e veículos elétricos aos hóspedes para se deslocarem pelo resort.

Cultura no The Brando

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A equipe de artistas culturais apresenta, aos hóspedes, a língua taitiana e uma seleção de atividades polinésias, incluindo tecelagem tradicional, aulas de música, dança e de instrumentos locais. A cultura polinésia é honrada através da arquitetura do Resort e shows semanais da Polinésia montados pela equipe. Esportes tradicionais da Polinésia também são exibidos durante as épocas festivas (como a Heiva, no final de ano).

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Governo destinará R$ 730 milhões para municípios que frearem desmatamento

O governo federal destinará R$ 730 milhões aos municípios que levarem adiante ações para diminuir o desmatamento, as queimadas e aumentar a sustentabilidade na Amazônia. O anúncio foi feito, ontem, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos farão parte do programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 70 municípios foram selecionados para receber a verba, uma vez que foram responsáveis por 78% do desmatamento da região, em 2022. Cinquenta e três cidades aderiram ao programa — representam 59% do desmatamento na Amazônia — e o prazo para se candidatar aos repasses do governo federal é 30 de abril.

“Tem um eixo que é a menina dos nossos olhos — o do apoio às atividades produtivas sustentáveis. O governo federal sabe que não vai conter desmatamento se for apenas com comando e controle. Vamos conter desmatamento quando manter a floresta em pé for mais rentável, mais vantajoso, do que ela derrubada”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela ainda ressaltou que, nos primeiros três meses deste ano, houve queda de 40% no desmatamento da Amazônia.

O programa prevê que até 2026 sejam implementados escritórios de governança nos municípios participantes, ações de regularização ambiental e fundiária em florestas públicas federais e, também, a criação de 30 brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios florestais.

“A gente vai cuidar da Amazônia como se ela fosse a coisa mais importante no planeta Terra, porque cuidar da Amazônia significa cuidar da vida. Quem sabe de quem é a terra que está queimando é o prefeito. Quem conhece o fazendeiro que está desmatando é o prefeito”, destacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que os recursos serão liberados utilizando-se a lógica do “pagamento por performance”. Ou seja: quanto maior for a redução anual do desmatamento, maior será o investimento. O sistema de medição da devastação será o do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Caso adiram ao programa, os municípios receberão R$ 500 mil em “equipamentos e serviços para a estruturação de escritórios de governança que melhorem a gestão ambiental, a cooperação entre governos municipal e federal e o monitoramento do desmatamento” — R$ 600 milhões sairão do Fundo Amazônia (recursos repassados pelos governos da Noruega e Alemanha) e R$ 130 milhões do Floresta . A iniciativa faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), reativado em junho de 2023 pelo governo federal depois de ser suspenso na gestão de Jair Bolsonaro.

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Centro-Oeste deve ultrapassar R$ 100 milhões em fomento à inovação

A FI Group pretende ultrapassar a marca dos R$ 100 milhões em incentivos concedidos pela Lei do Bem no Centro-Oeste em 2024. De acordo com o Ranking de Competitividade dos estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a região conta com 10 cidades entre as 200 mais competitivas do país— considerando índices essenciais na promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos municípios brasileiros, incluindo a sustentabilidade fiscal.

Diante de tamanho potencial, uma pesquisa realizada pelo FI Group identificou um aumento notório dos investimentos inovadores em seus clientes localizados no Centro-Oeste. Nos últimos cinco anos, mais de R$ 338 milhões foram obtidos em incentivos fiscais na região, um crescimento médio anual da ordem de 24%.

“A presença física na região desde 2015 e o relacionamento de longo prazo com o mercado são as chaves para o crescimento do negócio. O impulsionamento da inovação é evidenciado pelo aculturamento proporcionado pelo trabalho da consultoria, o que resulta no uso mais eficiente e seguro dos mecanismos de fomento”, explicou o gerente de negócios para o Centro-Oeste na FI Group, Armando Andrade.

Ainda segundo ele, a Lei do Bem é o principal mecanismo de fomento à inovação do Brasil. “Por meio dela as empresas conseguem não só reduzir a carga tributária sobre as despesas operacionais relacionadas à P&DI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), mas se estruturar para alcançar a melhor gestão e maturidade do processo de inovação, o que entendemos ser o maior valor agregado deste mecanismo”, explicou.

“O mundo pós-pandemia está cada vez mais competitivo e usar os mecanismos existentes para se manter competitivo sempre será importante. Outro tema importante é que existem dois projetos de lei que visam alterar positivamente esta legislação, possibilitando o uso mais amplo e efetivo, podendo alcançar empresas que hoje não atendem aos requisitos, como empresas sem lucro fiscal”, disse Armando.

Outra modalidade em destaque no Centro-Oeste são os financiamentos, empréstimos públicos subvencionados, com taxas de juros mais baixas em comparação aos financiamentos em bancos comerciais, o que favorece a implementação dos programas de inovação estabelecidos. Há, ainda, a possibilidade de optar pela modalidade de financiamento não reembolsável, em que não é necessário devolver os recursos recebidos.

Analisando, especificamente, as quantias de dispêndios em PD&I, o total ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão no mesmo período. Para 2024, a expectativa é que sejam ultrapassados os R$ 450 milhões de dispêndios e R$ 100 milhões em incentivos fiscais aos clientes locais — mantendo uma perspectiva de crescimento em torno de 20%.

Considerando os avanços registrados nos últimos anos, as prospecções para a inovação no Centro-Oeste este ano são ainda melhores. “Muitas empresas ainda não vislumbram os benefícios de se investir em inovação com recursos provenientes de financiamentos públicos e leis de incentivo fiscal. Por isso, temos um escritório próprio na região para auxiliar que cada vez mais negócios consigam enxergar essa importância e, ainda, contar com a orientação devida para colocarem em prática suas ideias inovadoras a fim de atingirem resultados que impactem não só a empresa, mas todo o país”, apontou Rafael Costa, diretor do FI Group Brasil.

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Do Ceará ao Piauí: uma viagem pelas dunas de areias e hotéis de luxo numa das regiões mais fascinantes do Brasil

Do Ceará ao Piauí: uma viagem pelas dunas de areias e hotéis de luxo numa das regiões mais fascinantes do Brasil (Fachada da Igreja na arquitetura do glamping de luxo na Baía das Caraúbas (Foto: @paespelomundo))

Uma viagem pelas dunas de areias finas e ventos fortes pelo litoral oeste do Ceará, Piauí e Maranhão nos leva a uma das rotas mais conhecidas pelos viajantes brasileiros e estrangeiros. A Rota das Emoções, que por seus ventos fortes tem sido chamada também de Rota dos Ventos, concede um novo olhar que vai das montanhas de areia aos mares. Seja pelas dunas e seus lençóis ou pelos ventos do kitesurfe, é um dos lugares mais fascinantes do país. Essa paisagem abriga hotéis de luxo e experiências gastronômicas surpreendentes.

Se você nunca esteve nessa região, vale dizer que o Brasil tem muita história para contar. Por diversos ângulos, de personagens com trajetórias inusitadas, como o aviador Pinto Martins, nascido em Camocim-CE, que fez o primeiro voo entre Nova Iorque e o Rio de Janeiro. Inclusive, por muito tempo, foi homenageado com o nome no aeroporto de Fortaleza. Ou ainda o filme “A Casa de Areia” que numa brilhante atuação das atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, mãe e filha também no filme, imergem nessa paisagem inquietante, instigante, repleta turismo e conhecimento.

As Dunas de areias

Dunas e mar entre Ceará e Piauí (Foto: @paespelomundo)

As dunas móveis de areias flutuantes nos estados do Ceará, Piauí e Maranhão são conhecidas como “Lençóis” devido à sua aparência única que lembra panos estendidos sobre a paisagem. O termo utilizado turisticamente no contexto dos Lençóis Maranhenses, parque nacional localizado no Maranhão, é particularmente notável por suas vastas extensões de dunas intercaladas com lagoas de água doce cristalina, especialmente visíveis após o período de chuvas. Embora o termo “Lençóis” seja mais frequentemente associado aos Lençóis Maranhenses, essa característica paisagística e a denominação podem se estender a outras áreas com características semelhantes no Ceará e no Piauí, onde a interação entre areia, vento e água cria lençóis também impressionantes.

Rota dos Ventos

Glamping sobre areias e mar no litoral oeste do Ceará (Foto: @paespelomundo)

Não é preciso fazer toda a rota para conhecer a Rota dos Ventos. Na cidade de Camocim nos hospedamos num Glamping (“acampamento” de luxo) sobre palafitas de madeira. Diferente dos luxuosos hotéis das Filipinas, ou Maldivas, onde nos hospedamos sobre o mar, aqui as palafitas estão sobre as areias diante do mar. Espaçosos Bangalôs com o melhor da hospitalidade internacional, inclusive na rouparia, no conforto, nos serviços. O Baía das Caraúbas Glamping surge como um oásis pronto para atender ao mais exigente viajante, de múltiplas referências. Sustentabilidade, bom gosto e boa gastronomia.

Café da manhã sofisticado a beira mar nos bangalôs em palafitas sobre areia (Foto: @paespelomundo)

No menu, um café da manhã servido com todo o requinte num bangalô-restaurante. Bolos caseiros, sucos regionais, água de coco. E sem dúvida a queijadinha portuguesa dá um toque especial e exclusivo para a refeição que inicia o dia. E o cardápio segue ao longo do dia na piscina com camarões crocantes, ou ainda no jantar numa tenda exclusivamente montada para momentos inesquecíveis. Polvo, risotos e uma cozinha internacional a disposição do hóspede.

Experiências únicas

A união entre dunas de areias e o mar nos leva mais uma vez a contemplar os atletas de kitesurfe, ou quem sabe imaginar um casamento diante da fachada da igreja que faz parte do hotel. Ou ainda o pôr do sol emocionante que sempre nos arranca uma lágrima e muitas reflexões.

Café da tarde nas barras de praia, experiências organizadas pelo Roteiro de Charme (Foto: @paespelomundo)

Buscamos também experiências únicas, que de fato envolvesse a comunidade local. E, a convite do Receptivo de Charme, fomos levados para um café da tarde numa barraca de praia, onde provamos de cuscuz a tapiocas e queijos da região. Em contato com a natureza, com as pessoas apaixonadas por aquele lugar que fazem da vida, a arte de acolher, de receber bem.

Litoral do Piauí

Do litoral Oeste do Ceará, nossa viagem seguiu para os 60km do litoral piauiense. Que lugar mágico! Mais em contato com as dunas, fizemos passeio de quadriciclo com a turma do Quadriaventuras. Um curitibano que deixou de lado o frio do Paraná para investir em turismo no litoral do Piauí.

Passeio de quadriciclo nos lençóis piauienses (Foto: @paespelomundo)

A Quadriaventuras, juntamente com a NaturTurismo, agência que organizou os passeios no Piauí, nos levaram pelos os lençóis à noite, simplesmente para contemplar um dos céus mais lindos, sem nuvens e de estrelas radiantes. A noite finalizou com um mini jantar no topo de uma das dunas, sob lençóis esvoaçantes e ao som dos ventos uivantes.

Outra experiência única no Piauí, foi conhecer uma ilha deserta, a Ilha das Conchas, onde os pescadores que nos levaram prepararam nosso almoço com peixes frescos, camarões e muita comida caseira.

É um luxo viver experiências genuínas como estas e voltar para um bom hotel com todo o conforto para de fato descansar. Nossa parada com o Receptivo de Charme no Piauí foi o hotel Casa Santo Antônio. Um casarão, estilo colonial, que já foi propriedade de empresários franceses, e hoje do grupo português MVC.

Casarão em estilo colonial, transformado em hotel de luxo na cidade de Parnaíba – Piauí (Foto: @paespelomundo)

Os cômodos contam a história desse encontro histórico entre o Brasil Colônia e Portugal. Dom Pedro, Princesa Isabel e outras figuras históricas além de nomearem as suítes, refletem na arquitetura traços da história do Brasil Português. O lava pés, as camas em estilo colônia, dividem espaço com o conforto e sofisticação da hospitalidade.

No menu, risoto de lagosta, virada de siri, e uma adega para harmonizar os melhores pratos a beira da linda piscina ou no deck bar. O Casa Santo Antônio é daqueles lugares que imergem na história, na receptividade. O local é estratégico para quem deseja conhecer o Delta do Parnaíba e se hospedar em grande estilo.

Risoto de lagosta ao limão, um dos destaques do menu no Piauí (Foto: @paespelomundo)

O Baía das Caraúbas Glamping bem como o Casa Santo Antônio além de fazerem parte da Associação Brasileira de Hotéis de Luxo, a BLTA (Brazilian Luxury Travel Association), estarão no próximo episódio de PaesPeloMundo Viagem & Gastronomia no canal Travel Box Brazil, na próxima quarta, às 22h, nessa temporada pelos diversos destinos gastronômicos do Brasil.

Passeio a Ilha das Conchas, onde foi servido frutos do mar pelos próprios pescadores (Foto: @paespelomundo)

O Brasil é único

As vezes escuto dizer que é mais fácil e mais barato conhecer o exterior de que viajar pelo Brasil. Mas seria tão fascinante? Tão único? Tão curiosamente histórico? Talvez, nós viajantes brasileiros precisemos entender mais as histórias e a história do Brasil, repleta de personagens incríveis, de todas as origens. Afinal somos um povo formado por gente nativa, jesuítas, bandeirantes, orientais, africanos e europeus de todas as localidades, que aqui forma um povo único, de lugares ainda a desvendar, a degustar, a conhecer. Turismo Gastronômico pelo Brasil é para se viver!

Thiago Paes é apresentador do programa PaesPeloMundo Viagem e Gastronomia no canal Travel Box Brazil, colunista e curador de Turismo Gastronômico, está no Instagram como @paespelomundo

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