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No local, boa parte da fazenda está coberta com pasto. Segundo a legislação, galinhas puedeiras orgânicas precisam ser criadas soltas em vez de gaiolas, como acontece nas granjas convecionais.
Na prática, cada aviário tem um galpão equipado com coxes, bebedouros, ninhos para as galinhas botarem e poleiros, porque as aves dormem no local. Além disso, cortinas nas laterais para barrar o vento nos dias mais frias e que ficam abertas quando faz calor.
“Com o último barracão que a gente construiu, a gente calculou uma média de estrutura de R$ 50 reais por ave”, explica o agrônome Leonardo Pierre.
As aves alternam entre dois píquetes na fazenda, que descansam a cada 45 dias para que a plantação se recupere. No sistema orgânico, os animais devem ficar em ambientes em que possam expressar seu comportamento animal natural. No caso das galinhas, isso inclui espaço para andar e ciscar à vontade.
A criação de animais no sistema orgânico tem um gargalo, que é a alimentação, que deve ser preferencialmente orgânica. Porém, a oferta destes alimentos no Brasil ainda é pequena e os preços são altos. A legislação permite que o produtor coloque até 20% de produtos convecionais na formulação da ração, mas não podem ser transgênicos e ainda é preciso pedir autorização do órgão certificador para poder usar.
Outra questão importante é a saúde das aves. Vacinas são obrigatórias, mas o uso de medicamentos alopáticos deve ser evitado ao máximo. Homeopatia e fitoterapia são liberados.
“Até hoje não fizemos uso de nenhum medicamento, nenhum tratamento alopático aqui”, diz Leonardo, que usa tronco de bananeira para combater a verminose nas galinhas.
Com saúde e bem alimentadas, as 5.200 aves do local produzem cerca de 4.800 ovos por dia. No mercado, eles chegam a valer quase 100% mais que o ovo convencional.
Fonte: G1