O prefeito em exercício Eduardo Cavaliere e o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, visitaram, nesta terça-feira, o Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, para apresentar o plano de reestruturação da unidade após o decreto de municipalização assinado em dezembro entre a Prefeitura e o Ministério da Saúde. No entanto, a previsão inicial de reabertura da emergência para fevereiro foi adiada para 1º de março, devido a atrasos no cronograma de obras. A nova promessa do município, anunciada pelo secretário e pelo vice-prefeito, é que as obras para a construção de um novo prédio, que abrigará a emergência, terão início nos primeiros dias de fevereiro.
Atualmente, o hospital opera em condições precárias, com 50 leitos fechados por falta de médicos e estrutura, além de carências em várias especialidades como pediatria, cardiologia e clínica médica. A capacidade total da unidade é de 182 leitos, mas as reformas, que começam em fevereiro, têm como meta expandir esse número para 250.
O plano de reestruturação prevê mudanças significativas na infraestrutura do hospital. Será construído um novo prédio para abrigar a emergência, que atualmente funciona no primeiro andar do hospital. A cozinha será transferida para um prédio anexo à pediatria, já que, no momento, ela opera de maneira improvisada no andar do CTI. Além disso, serão instalados ar-condicionados em toda a unidade que funciona com uso de ventiladores.
Além disso, haverá a digitalização dos arquivos médicos, substituindo o armazenamento físico, que hoje ocorre em uma pequena sala no terceiro andar, com pilhas de documentos armazenados sem nenhum tipo de organização em armários.
Durante a visita, Cavaliere enfatizou que a municipalização dos hospitais exige um planejamento cuidadoso e comunicação constante com a população.
— Este não será um processo imediato. Estamos começando com a reabertura da emergência, que, embora não esteja em condições ideais, passará a oferecer um atendimento melhor. No início do próximo ano, esperamos reinaugurar o hospital totalmente reformado, com ambulatórios e leitos climatizados, garantindo atendimento digno à população —disse o vice-prefeito.
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Título: Imagens mostram sucateamento dos hospitais federais Cardoso Fontes e Andaraí
Subtítulo: O Globo – Rio
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Acordo de cerca de R$ 600 milhões com reajuste
O Cardoso Fontes é reconhecido por sua atuação em áreas como fisioterapia oncológica, ginecologia, nefrologia, pneumologia e urologia. Após idas e vindas nas negociações, o martelo foi batido pelo Ministério da Saúde, que concordou em reajustar anualmente os valores de repasse ao município para a manutenção dos Hospitais Federais Cardoso Fontes e Hospital do Andaraí, na Zona Norte.
Segundo o secretário de Saúde do Rio, Danile Soranz, o plano de reestruturação inclui com um investimento com cerca de R$ 600 milhões do governo federal, sendo R$ 400 milhões destinados ao Andaraí e R$ 210 milhões ao Cardoso Fontes. Além disso, a unidade na Zona Oeste receberá a contratação de 600 novos funcionários para atender à demanda crescente.
A prefeitura também anunciou a recuperação de equipamentos essenciais, como dois tomógrafos que estão inutilizados por falta de manutenção.
— Teve um problema passado em relação à municipalização, que é a questão da sustentabilidade. Nosso vice-prefeito Cavalieri e o prefeito Paes (durante as negociações com o governo) marcaram bem a importância do reajuste anual desse recurso que foi passado para que a gente, no futuro, não cometa o mesmo erro que ocorreu em 1995. Um dos critérios que está sendo acompanhado pela Casa Civil e o Ministro é a questão da sustentabilidade. Para que a gente consiga garantir que os repasses venham e eles sejam ajustados ao longo do ano para que em nenhum momento a gente tenha estes hospitais subfinanciados ou que volte a ter uma crise como a gente está vivendo atualmente — afirmou o secretário.
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