Dia Mundial do Meio Ambiente visa promover a sustentabilidade

Em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este evento tinha como principal objetivo chamar a atenção de toda a população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados inesgotáveis. A data é muito importante para conscientizar sobre a relevância e responsabilidade de cuidarmos do planeta.

“É preciso sensibilizar e incentivar as pessoas para promoverem ações que visem controlar os problemas ambientais, tais como a poluição marinha e o aquecimento global, além de ressaltar a importância da preservação, além de novas iniciativas como reúso, reciclagem, entre outras”, enfatiza Vininha F.Carvalho, editora da Revista Ecotour News ( www.revistaecotour.news).

Hoje, o planeta não consegue regenerar os seus recursos naturais na mesma velocidade das nossas demandas. Com o crescimento da população e dos níveis de consumo, o Banco Mundial estima que em 2050 sejam necessárias quase três Terras para dar conta das demandas do nosso estilo atual de vida.

“Precisamos refletir sobre o modo em que atuamos no dia a dia, sobre a forma como nossos hábitos podem alterar o meio ambiente. O consumidor tem um grande poder em mãos, embora nem sempre tenha consciência disso. Por meio das escolhas cotidianas, ele pode contribuir para reduzir os impactos negativos no meio ambiente, na economia, na sociedade e no seu próprio bem-estar. Por exemplo, ao escolher comprar de uma empresa que polui menos o meio ambiente, está dizendo para as outras empresas e pessoas que poluir não é aceitável. O mesmo acontece ao optar por produtos que duram mais, ao reciclar está garantindo um mundo melhor para as futuras gerações”, salienta Vininha F. Carvalho.

É preciso repensar nosso modo de vida, incluindo hábitos alimentares, utilização de materiais eletrônicos, pois nossas escolhas têm influência direta no consumo de recursos naturais e produção de resíduos. É preciso ter em mente que todos os nossos atos geram impactos, quase sempre de forma negativa.

Os recursos naturais não são inesgotáveis, assim como a limitação da capacidade de recuperação do ambiente diante dos impactos causados pela humanidade. A destruição constante de habitats e a poluição de grandes áreas, por exemplo, são alguns dos pontos que exercem influência direta na sobrevivência de diversas espécies.

A poluição foi definida como uma das maiores ameaças atuais à humanidade segundo estudo publicado pela GAHP (sigla em inglês para Aliança Global de Saúde e Poluição). Nove entre dez pessoas no mundo respiram ar poluído, segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2018. A poluição do ar, além dos inúmeros problemas que causa à saúde das pessoas, reduz a fertilidade humana, tanto em mulheres quanto em homens. “Além disso, os altos índices de poluição estão relacionados com o aumento do risco de abortos, tanto em mulheres que engravidaram naturalmente quanto nas que realizaram fertilização in vitro. O que fica evidente é que a poluição do ar prejudica a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres e pode afetar diretamente à vida do feto”, ressalta Vininha F. Carvalho.

No Brasil, a exploração descontrolada e insustentável de nossos recursos naturais faz parte de nossa história e levou à destruição de 97% da Floresta com Araucárias, ao colapso dos estoques da sardinha brasileira na costa Sul-Sudeste em mais de 75%, à destruição total dos solos do Vale do Paraíba do Sul pela cultura do café sem curva de nível etc. Naturalistas brasileiros já denunciavam a destruição dos recursos naturais no período colonial e durante o império (José Augusto Pádua, 2002, Um Sopro de Destruição). Euclides da Cunha escreveu uma crônica denunciando os “fazedores de deserto” (Contrastes e Confrontos, 1907) e Monteiro Lobato escreveu crônicas denunciando a “velha praga” e o “grilo” (Urupês, 1918, e A Onda Verde, 1921). Depois de muita devastação, a atenção para o meio ambiente começou a mudar em 1973 com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), dirigida por Paulo Nogueira Neto, em resposta aos princípios adotados na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano.

Cabe registrar que, desde a década de 1970, graças aos contínuos investimentos em ciência e tecnologia e ao aprimoramento da legislação ambiental, a agropecuária brasileira tem tido grandes avanços de produtividade e sustentabilidade, comprovando que a proteção do meio ambiente e a produção de alimentos e fibras são perfeitamente compatíveis. O Brasil pode sim ser ao mesmo tempo campeão mundial de proteção da biodiversidade e de produção e exportação de alimentos

Diante da importância da educação e da conscientização em relação à dimensão do impacto gerado pelo homem, o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho é uma data que merece bastante destaque no calendário mundial. Não apenas para plantar uma árvore ou separar o lixo nesse dia, mas é necessário que sejam feitas campanhas de grande impacto e de modo contínuo para mostrar a necessidade de mudanças imediatas nos nossos hábitos de vida diários. “A responsabilidade pela conservação e proteção do meio ambiente é um compromisso de todos”, conclui Vininha F. Carvalho.

Fonte: Terra

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