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Trabalho social e aprendizado no sudoeste do Pará
Trabalho social e aprendizado no sudoeste do Pará (Foto: Ubiraney Silva)
Essa última semana do mês de agosto, trabalhamos em campo, na região de Carajás no sudoeste do estado do Pará, aliás, já comentei aqui sobre essa minha rotina profissional e inclusive este texto está sendo produzido em terras paraenses.
O Pará é um estado que hoje faz parte da minha rotina e já com quase cinco anos de atividades na região norte, fui conhecendo e descobrindo as riquezas e as inúmeras oportunidades que são geradas por aqui.
Toda a região em que atuamos, que é bem extensa, encontramos comunidades muito especiais, com um povo extremamente acolhedor e participativo. Neste período por aqui, aprendemos a lidar com os sabores, muitas vezes exóticos, da culinária paraense, encantamos com hábitos diferentes da nossa rotina e com o “chiado” simpático ouvido na dicção da população nativa.
As incursões paraenses incluem uma circulação por 4 municípios e neles, temos uma agenda de atividades bastante intensa e diversificada.
Nestes locais atuamos desde uma consultoria social a uma ONG, que trabalha no acolhimento de animais domésticos, que recebem tratamentos e cuidados, que seriam impossíveis de acontecer, se permanecessem soltos e desamparados, pelas ruas, até entidades empresariais, públicas e comerciais, na promoção de ações culturais, esportivas, turísticas e sociais, que ajudam a transformar para melhor o dia a dia das comunidades atendidas e impactadas por tantas atividades.
Altas temperaturas no sudoeste do Pará
Cenários do Pará (Foto: Ubiraney Silva)
Posso afirmar, que temos uma agenda bastante corrida e muito satisfatória e não resisto a comentar sobre um fato atípico deste agosto de 2024, que foi conviver com temperaturas altíssimas para o meu costume, acima dos 40º, que tornavam os dias mais pesados e cansativos, mas vencemos. Por fim, o melhor foi acreditar que as altas temperaturas fazem parte da região amazônica e não faria sentido circular por aqui e não experimentarmos esta característica tão peculiar à região norte do Brasil.
Circulando entre as cidades atendidas, conhecemos pessoas, hábitos e lugares muito especiais e muitas vezes curiosos, descobrimos talentos, incentivamos o aprendizado em várias frentes e afirmo, que é muito bom perceber a transformação na vida das pessoas, quando aceitam a capacitação e se dedicam à novas experiências.
Leis de incentivo contribuem para o desenvolvimento
A utilização de ferramentas que possibilitam o aproveitamento das fontes de financiamento para a cultura e para os esportes, como as leis federais de incentivo nas duas áreas por exemplo, contribuem sobremaneira para a confirmação de que as políticas públicas bem utilizadas, promovem o crescimento cultural, social e intelectual e ainda ajudam as comunidades a modernizarem sua forma de agir.
Ao incentivarmos as cidades a promoverem a sua adesão às políticas públicas, propiciamos aos municípios praticas mais modernas para a gestão das áreas de cultura e turismo especialmente pelo fato da composição dos conselhos municipais de cada setor, que aproximam o poder público das comunidades e nos diálogos das reuniões de rotina é que acontecem o grande despertar para as inúmeras possibilidades de atuação, que a sociedade civil pode ter em parceria com o poder público e o melhor, em favor da melhoria da qualidade de vida de toda uma população.
É nestes ambientes, que as soluções são trabalhadas para o enfrentamento às dificuldades naturais do dia a dia e este exercício é que promove conhecimento, coragem e resultados coletivos, que resultam na circulação financeira e, portanto, o aquecimento da economia local e o fortalecimento das cadeias produtivas dos setores de cultura e turismo, que saem também mais compreendidos e prósperos.
O foco principal é na geração de trabalho e renda
No fomento das atividades empresariais, incentivamos a compreensão da importância aos conceitos de sustentabilidade pelo setor de comércio e indústria em toda a região.
Estas práticas se dão por meio do comportamento assertivo das associações comerciais, Associações de Produtores Rurais, Associações Sociais e Esportivas, que vem, pouco a pouco, descobrindo, que os atributos presentes nos seus territórios podem e devem ser utilizados para o fomento da economia local, mas principalmente para a geração de trabalho e renda, por força de uma atuação organizada, orientada, respeitosa e séria.
Foto: Ubiraney Silva
Sobre os atributos da região, posso citar por um lado a presença do distrito de Serra Pelada no município de Curionópolis, onde tivemos a maior movimentação social em torno do garimpo ilegal, que consolidou fatos positivos e negativos, gerou personagens e legados, que hoje fazem parte da história do país e se dedica hoje à sua inserção no universo do turismo, com visão futurista e sustentável.
Outro território que atuamos temos Água Azul do Norte, que detém a maior bacia leiteira do estado do Pará e que pouco a pouco, mas a meu ver tardiamente, vem percebendo que esta é uma força a ser aproveitada, que transcende o aspecto econômico, mas que pode contribuir sobremaneira com o desenvolvimento de outros segmentos culturais e turísticos se tratados com assertividade.
Foto: Ubiraney Silva
Além disso, é importante citar, que a atividade mineradora, propicia em toda a região, uma movimentação financeira bilionária, que respinga benefícios com ressonância social em um território bastante amplo e que merece um bom aproveitamento para consolidação de um comportamento sustentável e economicamente viável.
Pessoal e profissionalmente, é sempre um prazer estar por aqui e aprendermos cada vez mais sobre esta região Norte, tão importante para a cultura e para a visibilidade turística dos estados que a compõem.
Se você ainda não conhece o Pará, fica a dica! A capital Belém é um celeiro de descobertas, mas insisto em que o sudoeste do estado seja mais procurado e explorado, agora pelo viés cultural e turístico, porque tenho certeza, que vale a pena,
Quem sabe suas próximas férias não rolam em solo paraense?
Até a próxima.
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IA tem avanços no ambiente corportativo
São Paulo — A adoção de inteligência artificial (IA) no ambiente corporativo não é mais uma tendência distante — é uma realidade presente que está transformando empresas ao redor do mundo. Grandes organizações estão utilizando a IA para automatizar processos, otimizar operações e melhorar a experiência do cliente. Um dos exemplos mais notáveis dessa implementação é o uso das soluções de IA da SAP, líder global em softwares de gestão empresarial.
Até 2025, a IA generativa, que já ganhou destaque com modelos como o ChatGPT, deverá se expandir consideravelmente no meio corporativo. Empresas em diversos setores, como moda, mídia e publicidade, utilizarão IA generativa para criar conteúdo de maneira automatizada e personalizada, desde textos e imagens até vídeos e designs complexos. Isso não apenas aumentará a produtividade, mas também redefinirá o processo criativo. No entanto, o desafio de garantir autenticidade e evitar a disseminação de desinformação será um tema central.
A SAP, por exemplo, tem investido fortemente em IA para ajudar empresas a tomar decisões mais inteligentes e melhorar a eficiência operacional. Um exemplo recente é a aplicação da IA generativa em soluções corporativas, como a plataforma SAP Business Technology, que permite que empresas automatizem tarefas repetitivas, analisem dados em tempo real e criem relatórios preditivos.
A Natura, uma das maiores empresas de cosméticos da América Latina, foi uma das primeiras a adotar essa tecnologia da SAP. A implementação permitiu que a companhia otimizasse a gestão de seus processos internos, melhorando a eficiência e reduzindo custos operacionais. Em uma colaboração com a SAP, a implementação de IA generativa levou apenas três semanas para ser concluída, destacando a agilidade e o impacto transformador da tecnologia. “Estamos convencidos da oportunidade que a IA trará para os negócios na América Latina. Atualmente, mais de 26 mil clientes em todo o mundo já utilizam inteligência artificial integrada às nossas soluções; no entanto, nosso objetivo não é apenas incorporar inteligência artificial em todo o nosso portfólio, mas ajudar clientes e parceiros de negócios a desenvolverem seus próprios casos de uso”, disse Matheus Souza, Chief Innovation Officer da SAP Latin America. “Nesse cenário, dominar o uso da criação de soluções com IA será fundamental para que as empresas brasileiras continuem competitivas e em crescimento. Criarmos essa cultura é fundamental para o futuro dos negócios.”
A inteligência artificial oferece às empresas a capacidade de algumas questões como: automatizar processos, desde tarefas administrativas rotineiras até a análise de grandes volumes de dados. A IA também pode automatizar processos, liberando os funcionários para atividades mais estratégicas; tomada de decisão baseada em dados, pois com a IA, as empresas podem analisar dados em tempo real, permitindo decisões mais rápidas e informadas. Isso é especialmente útil para previsões de vendas, análises financeiras e identificação de padrões de consumo. A inteligência artificial também pode auxiliar na otimização da cadeia de suprimentos, pois ela ajuda a prever demandas e otimizar o estoque, reduzindo desperdícios e melhorando a eficiência da cadeia de suprimentos. De acordo com a SAP, a IA pode otimizar a cadeia de suprimentos, reduzindo desperdícios, e fazer um atendimento ao cliente personalizado de maneira mais eficaz, como chatbots e soluções de autosserviço.
Com a IA sendo cada vez mais integrada nas operações empresariais, espera-se que mais empresas sigam o exemplo de líderes como a Natura, utilizando soluções como as da SAP para promover a transformação digital. A eficiência operacional será aumentada, os processos serão mais automatizados, e as decisões serão tomadas com base em insights precisos e preditivos.
Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil, avaliou que, com a computação na nuvem, as empresas devem conseguir reduzir o risco operacional, desejo de toda e qualquer organização. Ela disse que a inteligência artificial tem de ficar a serviço do negócio e confirmou que a Joule, a IA da SAP, estará em português até o fim do ano.
A executiva reforçou que a SAP toma alguns cuidados para garantir o uso responsável da inteligência artificial. “Nosso posicionamento é de IA para os negócios, para resolver problemas reais das empresas. Modelos mais gerais, como ChatGPT e outros, alimentam-se de dados que estão espalhados por aí pela web. Já a nossa IA faz uso dos dados do próprio cliente, sabemos de onde vem esses dados. Temos acesso aos modelos de IA generativa mais usados no mercado, por meio de parcerias com empresas como Microsoft, Google e outras. Mas todos são vinculados à nossa plataforma de forma segura e voltada para o negócio.”
Embora a implementação da IA traga inúmeras vantagens, as empresas também enfrentam desafios, como a necessidade de treinamento para lidar com novas tecnologias e a adaptação de culturas corporativas para uma era cada vez mais digital. No entanto, para empresas que adotarem a IA de forma estratégica, como a Natura fez com a SAP, os benefícios a longo prazo serão substanciais.
A transformação digital está apenas começando, e com a IA no centro das operações empresariais, as companhias estão mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro. Para discutir sobre o assunto, o evento SAP Now Brazil proporcionou dois dias de conhecimentos sobre IA, para explicar como a gestão estratégica e responsável da inteligência artificial generativa pode impulsionar o negócio das empresas. De acordo com especialistas no evento, em 2025, a IA será marcada por grandes avanços tecnológicos que moldarão diversos aspectos da vida cotidiana e dos negócios. Eles acreditam que o impacto será profundo e abrangente, contudo, o sucesso da IA dependerá de como enfrentaremos os desafios éticos, de transparência e de sustentabilidade que surgirão junto com essas inovações.
*A jornalista viajou a convite da SAP
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3ª edição do Sessões do Fim do Mundo leva a uma imersão na Patagônia chilena
3ª edição do Sessões do Fim do Mundo leva a uma imersão na Patagônia chilena (PATA Lodge, um complexo de seis hospedagens rústicas instaladas às margens do rio Futaleufú (Foto: Divulgação))
Uma semana inesquecível na Patagônia chilena com direito a muito conforto, culinária refinada e orgânica, no conceito farm to table, natureza exuberante e em companhia de um gênio contemporâneo do violão de 7 cordas, o músico gaúcho Yamandu Costa: é o que propõe a terceira edição do projeto Sessões do Fim do Mundo, idealizado pela Auroraeco, operadora de viagens de excelência em ecoturismo com 25 anos de atuação, com a proposta de unir natureza e arte e atender a um público que deseja cada vez mais alinhar sentido às suas experiências de viagem.
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Iniciado em dezembro de 2023, quanto então proporcionou um convívio íntimo com a cantora Mônica Salmaso, o projeto de viagem cultural – cujo título faz referência à região chamada de “Fim do Mundo”, localizada no extremo sul da América do Sul e nas divisas entre as Patagônias argentina e chilena – ocorre em parceria com o PATA Lodge, uma vila sustentável e lodge localizados numa fazenda orgânica às margens do Rio Futaleufu, um dos melhores do mundo para praticar rafting, caiaque e fly fishing. O local ainda conta com trilhas perfeitas para os amantes de trekking e mountain bike e acolhe um público de apenas 20 pessoas – crianças são bem-vindas – e com intensa programação entre 8 e 14 de fevereiro de 2025.
Caiaque no rio Futaleufu (Foto: Divulgação)
Destaque em abril de 2024, Yamandu Costa retornará ao PATA para protagonizar a terceira edição das Sessões do Fim do Mundo em um concerto intitulado Yamandu Íntimo. Considerando o que vivenciou no início deste ano, a expectativa do violonista é de que ocorra uma nova semana de experiências memoráveis na Patagônia chilena na companhia de seu público.
“Serão dias de música, caminhadas e de consciência em um projeto que, mais do que tudo, é um novo olhar para o mundo. A maneira como a equipe do PATA fala sobre sustentabilidade, olho no olho, é muito emocionante. E a música em torno disso faz desse lugar paradisíaco uma força única da natureza. A gente vai ter muito convívio, muitas cavalgadas e vamos descer os rios da região, que são espetaculares. Serão dias incríveis. Em fevereiro de 2025, em pleno verão, o clima estará diferente e tudo promete ser ainda mais gostoso, porque os dias se estendem até 21h”, antecipa Yamandu.
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Presente na segunda edição, o empresário João Paulo Altenfelder, sócio-fundador da SEI Consultoria, faz um resumo de sua imersão no projeto Sessões do Fim do Mundo.
PATA Futaleufu (Foto: Uai Turismo)
“Estar na Patagônia Verde e ter tido a oportunidade de ver um espetáculo como o de Yamandu Costa foram, para mim, dois fatos marcantes. A Patagônia é um lugar excepcional por sua beleza natural e pela simpatia das pessoas. Quanto ao show do Yamandu, foi maravilhoso, feito em uma sala pequena do PATA de forma muito íntima, onde ele pode não só mostrar sua virtuose no violão, mas, também, contar um pouco de sua história de vida e das experiências que teve, nos tornando mais próximos dele. Dois fatos que fizeram a viagem valer muito a pena”, assegura Altenfelder.
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Para reservas e conferir a programação diária da edição 2025, acesse o site.
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Destination Wedding: 6 hotéis ao redor do mundo para realizar o casamento dos sonhos
Destination Wedding: 6 hotéis ao redor do mundo para realizar o casamento dos sonhos (Escolha um destino pelo mundo para realizar seu casamento dos sonhos (Foto: Divulgação))
Programar o casamento perfeito em algum hotel deslumbrante não é tarefa fácil, afinal são muitas opções mundo afora. Conheça hotéis na Europa, América do Sul, América do Norte e Polinésia Francesa para facilitar na sua decisão e aproveitar a chegada de estações com temperaturas mais amenas, como a primavera e o outono, para dizer o tão esperado “sim”. Confira!
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Cerimônia típica em atol exclusivo: Polinésia Francesa
Vamos começar a citar os destinos mais lindos do mundo para este sonho se tornar realidade? Sem dúvida, falar da Polinésia Francesa é fundamental. Ao aterrissar no atol de Tetiaroa você irá se impressionar com o resort pioneiro em sustentabilidade, o magnífico The Brando. Neste hotel você celebrará o dia especial literalmente com o pé na areia de uma forma totalmente inusitada e com uma riquíssima fauna e flora ao redor. Além do cenário para lá de incrível, se prepare para viver algo mais intenso, com uma verdadeira imersão na sociedade local através de uma festa totalmente voltada para os costumes da cultura dos polinésios.
Cerimônia de casamento polinésia no The Brando (Foto: Romeo Balancourt)
Casamento em uma das ilhas mais procuradas do mundo com gastronomia de ponta: Santorini
A Grécia também é um daqueles países que sempre entram na lista das escolhas para uma data tão importante como essa. E entre tantos lugares, Santorini não pode ficar de fora ao pesquisar os mais lindos e confortáveis hotéis de luxo do mundo para a cerimônia, já que a ilha é uma das mais procuradas, tanto por sua beleza, quanto pela sua história. Ali estão localizadas algumas belíssimas propriedades da coleção luxuosa do grupo Andonis para escolher a dedo qual irá agradar mais aos noivos. Uma delas, o Andronis Boutique Hotel oferece vistas impressionantes sobre os tons de azul do Mar Egeu. O hotel traz o restaurante Lauda que é o primeiro de Oia e foi construído sobre uma rocha em 1971. Hoje, o restaurante honra sua história e oferece toda a tradição local unido à modernidade para este tão sonhado acontecimento. Você terá ainda à sua disposição deliciosos pratos liderados pelos talentosos chefs Emmanuel e George Dospras, estrelados e considerados a nova geração de chefs que reinventam a tradição com os produtos locais com muita criatividade.
Cerimônia no Andronis Boutique Hotel (Foto: Divulgação)
Celebração com arquitetura luxuosa do século XIX: Porto
A cidade do Porto, em Portugal, já é encantadora por si só, mas ao decidir organizar uma cerimônia no Vila Foz Hotel & Spa o festejo será digno de realeza e explicamos porquê. A arquitetura é pura sofisticação e o responsável por isso é Miguel Cardoso e a designer de interiores Nini Andrade Silva que fez questão de manter a essência de um edifício palaciano do final do século XIX. Claro que o clássico e o moderno se misturam, além do horizonte ser lindíssimo com vista privilegiada para o mar, onde você se sentirá em um castelo. Já a gastronomia é um show à parte, pois possui assinatura de Arnaldo Azevedo, chef estrelado pelo guia Michelin, que comanda os restaurantes Flor de Lis e Vila Foz dentro do próprio hotel, trazendo ainda mais requinte para este dia épico. Vale ressaltar que nesta propriedade apenas mini weddings são aceitos, ou seja, o destino é ideal para cerimônias bem intimistas.
Vila Foz (Foto: Divulgação)
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União regada a Malbec e bela paisagem: Mendoza
Aos pés da Cordilheira dos Andes na província de Mendoza está localizado o Casa de Uco Vineyards & Wine Resort. E para quem prefere oficializar o matrimônio em um lugar pertinho do Brasil o hotel é exatamente um convite para isso, sem contar que a primavera bate à porta trazendo um clima mais ameno, sendo possível a união ser ao ar livre. Esta propriedade reserva ainda gastronomia tipicamente argentina, como o assado em meio a natureza e ingredientes frescos provenientes dali mesmo: “da horta até a mesa”. Os vinhos são um detalhe à parte, afinal os rótulos são elaborados com uvas cuidadosamente selecionadas das próprias vinhas, sendo o Malbec o destaque, típico deste país. Que tal se sentir em um filme em meio a atmosfera de vinhos com seus convidados? Será inesquecível.
Cerimônia Casa de Uco (Foto: Natalia Baigorria)
Para quem busca uma grande festa aos pés da montanha: Chillán
Na cidade de Chillán, ao sul do Chile, está o hotel Termas Chillan que reserva uma deslumbrante paisagem em meio às montanhas que o cercam. Ao chegar, se surpreenda com a beleza arquitetônica de todo o ambiente assinado por Rodrigo Caldera e decoração de Ricardo Cuevas (que já foi premiado pela CASACOR Chile como o melhor decorador de spa e hotéis). Os elementos do bosque que envolvem o entorno do hotel serviram de inspiração para todos os detalhes internos. O Termas Chillan possui ainda um grande espaço para eventos com infraestrutura completa, com catering, estrutura para som de última geração, orquestra ou banda, telão, entre outros detalhes para grandes celebrações. O salão de festas tem capacidade para até 400 pessoas, o que não é nada mal para uma boda em grande estilo pelo mundo.
Termas Chillán (Foto: Divulgação)
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Casório personalizado com glamour: Miami
O moderno hotel EAST Miami – que acabou de anunciar seu rebranding com nova logomarca, cores mais sóbrias e lindas e aconchegantes cabanas ao redor das piscinas – está localizado em Brickell, a área mais moderna de Miami. É o tipo de hotel que encanta qualquer casal que ama o clima e a intensidade da cidade. E o interessante é que o EAST personaliza as cerimônias a gosto do cliente, já que possui espaços de 1858 metros quadrados versáteis para eventos internos e externos. As possibilidades agradam tanto quem gostaria de trocar os votos românticos ao pôr do sol, quanto para quem procura um toque mais tradicional em um salão clássico. Com tantas facilidades, não dá para ter dúvidas de que este dia será memorável.
Cerimônia no East Miami (Foto: Uai Turismo)
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Por que mortes por calor podem triplicar e ameaçam mais a longevidade do que frio intenso
Qual a relação entre o envelhecimento da população e as mudanças climáticas, os dois fenômenos humanos e ambientais mais impactantes do século 21 até aqui?
Nos últimos dias, uma grande parte do Brasil sofreu com um frio acentuado, e as mortes de pessoas em situação de rua por hipotermia causam indignação e desassossego. Sempre que ocorrem essas ondas de frio acentuado, é comum ouvir manifestações de pessoas descrentes no aquecimento global. É fácil cruzar com alguém questionando: “Não dizem que o planeta está esquentando? Cadê?”.
A onda de frio, no fim de agosto, chegou ao mesmo tempo em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados sobre o envelhecimento da população a partir das projeções do Censo 2022.
A população brasileira está envelhecendo porque a taxa de fecundidade alcançou um nível europeu, isto é, 1,5 filho por mulher (contra 6,3 na década de 1960, e 2,32 no ano 2000). E a expectativa de vida média cresceu para 76,4 anos (contra 71,1 no ano 2000).
Como a demografia está longe de se estabelecer como um determinismo e embora o avanço da Medicina seja infinito e possa proporcionar uma vida cada vez mais longa, sempre fica a pergunta sobre o que pode ameaçar a longevidade humana.
Será que essa longevidade pode se constituir promissora diante da mudança climática? Afinal, o risco maior é uma morte por frio extremo e suas consequências, ou pelo calor exacerbado?
Efeitos diretos do calor sobre a longevidade
Um estudo de modelagem feito pela equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisa da Comissão Europeia, liderada por David García-Léon, e recém publicado no journal The Lancet Public Health, analisou as consequências da mudança climática para a longevidade em 1.368 regiões de 30 países europeus. Foram observadas as características epidemiológicas e socioeconômicas.
A pesquisa usou dados de 854 cidades europeias e é a primeira a estimar mortes atuais e futuras por temperaturas altas e baixas neste nível de detalhe regional para todo o continente.
As mortes por calor podem triplicar na Europa até 2100, concluem os autores e autoras.
O trabalho sugere que as disparidades regionais existentes no risco de morte por temperaturas altas e baixas entre adultos aumentarão no futuro devido às mudanças climáticas e ao envelhecimento da população.
As mortes por calor aumentarão em todas as partes da Europa, mais significativamente nas regiões do sul. As áreas mais afetadas incluirão Espanha, Itália, Grécia e partes da França.
No geral, com um aquecimento global de 3°C – uma estimativa superior com base nas políticas climáticas atuais – o número de mortes relacionadas ao calor na Europa pode aumentar de 43.729 para 128.809 até o final do século.
No mesmo cenário, as mortes atribuídas ao frio – atualmente muito maiores do que ao calor – permaneceriam altas, com uma ligeira diminuição de 363.809 para 333.703 até 2100.
Estimativas de mortes atuais e futuras relacionadas à temperatura foram produzidas para quatro níveis de aquecimento global (1,5 °C, 2 °C, 3 °C e 4 °C) usando uma combinação de 11 modelos climáticos diferentes.
No calor ou no frio, mais pobres e mais velhos são mais afetados
Sempre de acordo com o estudo, atualmente cerca de oito vezes mais pessoas morrem de frio na Europa do que de calor, mas a previsão é que essa proporção diminua bastante até o final do século.
Os autores dizem que as descobertas podem orientar o desenvolvimento de políticas para proteger as áreas e pessoas mais vulnerabilizadas dos efeitos das temperaturas quentes e frias.
Como sabemos, os efeitos climáticos extremos têm atingido principalmente os mais pobres e, em relação ao recorte de idade, os mais velhos.
A maioria das mortes por calor ou frio intensos, de acordo com a pesquisa, ocorrerá entre pessoas com mais de 85 anos.
As pessoas mais idosas (com 80 anos ou mais), sobretudo com dificuldade de mobilidade ou vulnerabilizadas financeiramente, têm maior dificuldade de buscar proteção ou fuga de inundações, furacões, frio ou calor.
A questão da análise por idade, no entanto, é uma das limitações da pesquisa apontada pelos autores e autoras porque foi impossível analisar os bebês – assim como estabelecer recortes de gênero e etnia. Outra limitação é que o estudo foi feito apenas na área urbana, onde ocorre mais estresse de temperaturas.
Mesmo assim, o trabalho, pela sua abrangência, oferece evidências potentes para outros países, talvez para todo o planeta. Os estudos buscando a intersecção entre envelhecimento da população e mudanças climáticas têm se constituído em um campo profícuo de estudo.
No Brasil, por ser um país continental, essa linha de pesquisa é urgente. Em meu livro Viver muito (ed. Leya, 2010), alertei para o risco de se repetir no Brasil as consequências da “canicule” francesa de 2003, quando pessoas idosas foram encontradas mortas, já em estado de decomposição, sozinhas em suas casas por falta de um serviço de cuidado em domicílio.
Efeitos climáticos extremos têm atingido principalmente os mais pobres e os mais velhos
Impactos do clima extremo no Brasil
O Brasil tem um agravante para as ondas de frio ou calor: o grande número de casas de autoconstrução ou mesmo a ausência de adaptação de residências para os extremos climáticos.
Pesquisas apontam que 85% da população brasileira que já construiu ou reformou o fez por conta própria, sem o apoio de arquitetos ou engenheiros. Salvar vidas dos picos de calor e frio dependerá muito mais do que simples ventiladores ou cobertores cobrados a crédito. As favelas são ricas em materiais inadequados, como telhas de zinco, que aquecem ainda mais o espaço interior.
Há mais de uma década, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alertaram para as consequências da transição demográfica e da transição climática.
José Féres defendeu, em capítulo de livro publicado em 2014, que na discussão sobre a degradação climática o tamanho da população pesa menos do que a estrutura etária, a composição familiar e seus arranjos e o processo de urbanização, pois esses componentes afetam o padrão de consumo (sobretudo de energia) e as condições de prevenção aos eventos extremos.
Sobre as mudanças de padrão de consumo de uma população superenvelhecida e seus efeitos no meio ambiente, no mesmo livro Camilo de Moraes Bassi, também do Ipea, analisa o efeito das mudanças na estrutura etária brasileira na capacidade de sustentabilidade a partir das metodologias da pegada ecológica e da pegada hídrica.
Bassi concluiu que o envelhecimento populacional pode significar uma “poupança ecológica” devido ao padrão de consumo de alimentação dos idosos ser menos intensivo em bens naturais (terra e água).
Como podemos perceber, o envelhecimento populacional é também fonte de geração de oportunidades e riqueza. No entanto, uma sociedade só estará apta a garantir o bem-estar na velhice com políticas de prevenção que se tornam ainda mais complexas com a intersecção com as mudanças climáticas e exigem uma Política Nacional de Cuidado compatível ao contexto ambiental e epidemiológico, principalmente sob os efeitos prolongados da covid-19 e ameaças de novas pandemias.
No Brasil, é sempre bom repetir, a necessidade se faz maior devido às desigualdades sociais abissais. Todas essas pesquisas apontam apenas para a necessidade de novas investigações nessa área da demografia ecológica. Só assim poderemos evitar mortes e garantir a promessa da longevidade humana.
*Jorge Felix é presidente do Conselho Administrativo do The Conversation Brasil e Professor de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original.
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Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente?
Desenvolvimento de territórios: nomenclatura da moda ou resultado eficiente? (Reunião social Itabirito/ MG (Foto: Ubiraney Silva))
A responsabilidade social das grandes empresas e da iniciativa privada em geral, vem sendo praticada de várias formas e, tradicionais ou inovadoras, partem sempre do princípio de acolher especialmente as comunidades mais carentes e que se localizam nas chamadas áreas de influência direta, nas regiões onde a atividade empresarial gera impactos de alguma forma ou com certa intensidade.
Como resposta em reconhecimento à necessidade de contribuírem com o crescimento social das regiões impactadas, as empresas utilizam ações e programas, que buscam o diálogo permanente e com esta aproximação, entender e buscar soluções para as principais dificuldades apontadas nos diagnósticos sociais, que normalmente são aplicados por ali.
De uns tempos para cá e com uma tendência à modernização das nomenclaturas, em tempos de ESG, onde a transparência vira uma necessidade em todos os processos, a terminologia mais utilizada na atualidade para batizar ações sociais em comunidades carentes ou não, passa a ser “Desenvolvimento de Territórios”.
O que é “território”?
Território, para os estudos da geografia, é um conceito a ser pensado e que possui algumas abordagens bastante interessantes. Comumente o termo território é definido como um espaço delimitado, com fronteiras definidas e que exista alguma relação de pertencimento, propriedade, que pode ser defendido como posse!
De fato e de maneira muito simples, o território, é o espaço de vida dos humanos e como nem todos os humanos têm a habilidade de tornarem os seus espaços de vida produtivos e rentáveis, muitas vezes, a resposta social vem por parte das empresas, que investem em ações diversas, que promovem o chamado desenvolvimento territorial, abrangendo boa parte das vezes, todas as faixas etárias ali percebidas.
Desenvolvimento de territórios
O desenvolvimento territorial já vem como uma estratégia de melhoria de vida para aqueles locais e com propostas eficientes para a solução dos seus problemas.
Capacitação coletivo de mulheres PA Dina Teixeira (Foto: Ubiraney Silva)
As chamadas regiões de vulnerabilidade social, são as mais privilegiadas nestes casos e naturalmente que o enfrentamento dos problemas apontados, carecem de estratégias especiais e o mais prático é fazer com que as próprias comunidades se tornem aptas e adquiram o potencial de solução de suas aflições.
Como disse, estamos na era ESG (e já falamos sobre o que significa esta sigla em outras postagens), e neste contexto, as propostas de desenvolvimento de territórios chegam com ações e propostas sustentáveis, estimulando as práticas de desenvolvimento, lançando mão do capital social e humano existente nos respectivos territórios.
A grande transformação acontece, quando a comunidade entende o seu papel, reconhece suas habilidades, identificam localmente parceiros, forças e ativos que juntos, promoverão efetivamente as melhorias da qualidade de vida nestes territórios.
Aí sim, o desenvolvimento territorial sustentável pode ser entendido, praticado e quiçá, perene.
Se pensarmos que o território é a base da existência humana, como sugeri acima, a sua organização espacial é também uma ação estratégica e potencializadora para o alcance de bons resultados, afinal os territórios uma vez identificados, precisam ter suas funções bem definidas por meio da apropriação e definição das diversas formas de uso que possam ser trabalhados por lá.
Resultados gerados à partir do desenvolvimento de territórios de maneira sustentável
As comunidades organizadas e com seus ativos fortalecidos, podem definir frentes poderosas de atuação, no contexto sustentável, passando pela erradicação da pobreza, buscando uma educação de qualidade, investindo em técnicas e práticas da agricultura sustentável, respeitando os princípios da diversidade presente em todos os meios sociais na atualidade, garantindo o acesso à bens como a água e o saneamento básico e assim, promovendo e garantindo o trabalho e consequentemente o crescimento econômico local.
Capacitação de comunidades: Oficina de papel marchê – Vila Canadá/ PA Foto: Ubiraney Silva)
Em muitos lugares e diante de realidades diversas, a sociedade se organiza também, visando o bem-estar e a qualidade de vida, mas pelo viés das ações e dos ativos da criatividade como principal motivador do desenvolvimento local.
Nestes casos, é comum percebermos um dinamismo nas lideranças locais, a coragem para o trato e uso da inovação, da ousadia tecnológica, das ações culturais, dos coletivos, das artes, enfim, criatividade para o fomento e geração de valor econômico e social.
Para tecer estes comentários sobre este tema, naturalmente que li bastante os inúmeros materiais didáticos, que guardo em minhas estantes e em minhas vivências com as experiências artísticas e profissionais, que já tive oportunidade de experimentar exatamente neste contexto do exercício de busca do desenvolvimento econômico, pelo viés do desenvolvimento territorial como um todo.
Qualquer um pode ser um agente transformador
O que fica é uma sensação de que o desenvolvimento territorial “é o resultado de uma ação coletiva intencional de caráter local, um modo de regulação territorial” e aí concluímos que tudo isso é uma ação associada a culturas, a planos e instituições locais, aos arranjos produtivos e às práticas sociais presentes.
O desenvolvimento territorial é também um processo progressivo de transformação e pode ser experimentado por qualquer um, até pelos que não fazem parte de nenhum programa social de empresa A ou B!
Marisqueiras em ação – Ilha de Deus, Recife/ PE (Foto: Ubiraney Silva)
Quer entender como contribuir com o desenvolvimento do território onde você está inserido?
Experimente manter hábitos comuns e bastante simples, como comprar e abastecer as suas necessidades básicas no comércio do seu bairro ou na sua cidade. Vai comemorar um aniversário ou qualquer outra motivação, contrate os serviços necessários perto de você, certamente encontrará fornecedores que garantirão qualidade e pontualidade.
Percebe como todos podemos contribuir? A grande sacada é focarmos na mobilização das comunidades. A transformação local só acontece pelas mãos das próprias comunidades, não tem erro.
São estas iniciativas, que quando vitoriosas geram visibilidade para comunidades mais inclusivas e exigentes para uma atuação mais eficiente, independente da situação social. Para pensarmos em sustentabilidade, temos que pensar em pontualidade, seriedade, eficiência, inclusão e principalmente o protagonismo do cidadão, é isso que promoverá a mudança para melhor nos territórios trabalhados.
E para não ficar fora do meu contexto habitual, posso tranquilamente afirmar, que as inúmeras ações culturais, o conhecimento prático dos mais singelos e a união das comunidades, promovem de fato resultados dos mais significativos.
Isso nos mostra que a promoção cultural permanece sendo um fator potencial para transformação social e econômica em várias frentes.
Sem contar, que a atividade turística só não tira proveito de toda esta movimentação, se não quiser, afinal, estamos falando da movimentação de uma enorme e variada rede de prestação de serviços, que contribuem sobremaneira para geração de valor agregado a personalidades, à localidades, à comunidades, que estão inseridos em um sem fim de territórios já desenvolvidos.
Animou a fazer a sua parte? Tomara que sim.
Até a próxima.
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A descoberta suíça que promete revolucionar produção de chocolate com cacau inteiro e sem açúcar
Imagina pegar uma maçã suculenta, mas em vez de comê-la, você guarda as sementes e joga o resto fora.
É o que os produtores de chocolate tradicionalmente fazem com o fruto do cacau: usam os grãos, e descartam o resto.
Mas agora cientistas de alimentos na Suíça descobriram uma maneira de fazer chocolate usando todo o fruto do cacau, em vez de apenas os grãos, e sem usar açúcar.
O chocolate, desenvolvido no renomado Instituto Federal de Tecnologia de Zurique pelo cientista Kim Mishra e sua equipe, inclui a polpa do fruto do cacau, o sumo e a casca, ou endocarpo.
O processo já chamou a atenção de empresas de alimentos sustentáveis.
Elas dizem que a produção tradicional de chocolate, usando apenas os grãos, envolve deixar o restante do fruto do cacau — do tamanho de uma abóbora e repleto de valor nutritivo — apodrecendo nos campos.
O segredo para o novo chocolate está em seu sumo bastante doce, que tem um gosto “bem frutado, um pouco como o abacaxi”, explica Mishra.
Esse sumo, que tem 14% de açúcar, é destilado para formar um xarope altamente concentrado, combinado com a polpa — e, na sequência, misturado com a casca seca, ou endocarpo, para formar um gel de cacau bem doce, levando a sustentabilidade a um novo patamar.
Este gel, quando adicionado aos grãos de cacau para fazer o chocolate, elimina a necessidade de açúcar.
Mishra vê sua invenção como a mais recente de uma longa linha de inovações dos fabricantes de chocolate suíços.
No século 19, Rudolf Lindt, da famosa família de chocolates Lindt, acidentalmente inventou a etapa crucial da “conchagem” do chocolate — processo de mistura, agitação e arejamento da massa de cacau aquecida para torná-la suave e reduzir sua acidez —, deixando a máquina de mixagem de cacau funcionando durante a noite. O resultado pela manhã? Um chocolate doce e deliciosamente suave.
A Lindt fabrica chocolate desde o século 19
“Você precisa ser inovador para manter o nível do seu produto”, diz Mishra.
“Ou… só vai fazer chocolate mediano.”
Mishra contou com a parceria da KOA, uma startup suíça que trabalha no cultivo sustentável de cacau, em seu projeto. Seu cofundador, Anian Schreiber, acredita que usar todo o fruto pode resolver muitos dos problemas da indústria do cacau — desde o aumento do preço dos grãos até a pobreza endêmica entre os produtores.
“Em vez de brigar para ver quem pega a maior fatia do bolo, você aumenta o bolo, e faz com que todos se beneficiem”, explica.
“Os produtores obtêm uma renda extra significativa por meio da utilização da polpa do cacau, e o processamento industrial fundamental acontece no país de origem — gerando empregos, e criando valor que pode ser distribuído no país de origem.”
Schreiber descreve como “insustentável” o sistema tradicional de produção de chocolate, no qual os produtores na África ou na América do Sul vendem seus grãos de cacau para grandes fabricantes de chocolate baseados em países ricos.
Letizia Pinoja diz que sem o comércio de produtos coloniais a Suíça não seria o país do chocolate
O modelo também é questionado por uma nova exposição em Genebra, que analisa o passado colonial da Suíça.
A Suíça pode não ter possuído colônias próprias, mas a historiadora Letizia Pinoja explica que soldados mercenários suíços policiavam colônias de outros países, e donos de navios suíços transportavam pessoas escravizadas.
De acordo com ela, Genebra, especialmente, tem uma ligação particular com algumas das fases mais exploradoras da indústria do chocolate.
“Genebra é um centro de comércio de commodities e, desde o século 18, o cacau estava chegando a Genebra, e depois ao resto da Suíça para produzir chocolate.”
“Sem esse comércio de commodities de produtos coloniais, a Suíça nunca poderia ter se tornado o país do chocolate. E o cacau não é diferente de nenhum outro tipo de produto colonial. Todos eles eram provenientes da escravidão.”
Hoje em dia, a indústria do chocolate é muito mais regulamentada. Os fabricantes devem monitorar toda a sua cadeia de suprimentos para garantir que não haja trabalho infantil. E, a partir do ano que vem, todo chocolate importado para a União Europeia deve garantir que não houve desmatamento para o cultivo do cacau utilizado.
Mas isso significa que todos os problemas estão resolvidos?
Roger Wehrli, diretor da associação de fabricantes de chocolate suíços, Chocosuisse, diz que os casos de trabalho infantil e desmatamento continuam, principalmente na África. Ele teme que alguns produtores, em uma tentativa de evitar os obstáculos, estejam simplesmente transferindo sua produção para a América do Sul.
“Isso resolve o problema na África? Não. Acho que seria melhor empresas responsáveis ??permanecerem na África, e ajudarem a melhorar a situação.”
É por isso que Wehrli vê o novo chocolate desenvolvido em Zurique como “muito promissor”.
“Se você usar o fruto do cacau inteiro, pode obter preços melhores. Então é economicamente interessante para os agricultores. E é interessante do ponto de vista ecológico”, avalia.
O fruto inteiro do cacau pode ser usado agora para fazer chocolate
A relação entre a produção de chocolate e o meio ambiente também é enfatizada por Anian Schreiber. Um terço de todos os produtos agrícolas, diz ele, “nunca acaba em nossas bocas”.
Estas estatísticas são ainda piores no caso do cacau, se o fruto for abandonado para usar apenas os grãos. “É como se você jogasse fora a maçã, e usasse apenas as sementes. É o que fazemos atualmente com o fruto do cacau.”
A produção de alimentos envolve emissões significativas de gases de efeito estufa, então reduzir o desperdício também pode ajudar a combater as mudanças climáticas. O chocolate, um item de luxo de nicho, pode não ser um grande fator por si só, mas tanto Schreiber quanto Wehrli acreditam que pode ser um começo.
De volta ao laboratório, as principais questões permanecem. Quanto vai custar esse novo chocolate? E, o mais importante de tudo, sem açúcar, qual será o gosto dele?
A resposta para a última pergunta, na visão desta correspondente apaixonada por chocolate, é: surpreendentemente bom. Um sabor denso, mas doce, com um toque de amargor do cacau que combinaria perfeitamente com um café após o almoço.
O custo pode continuar sendo um desafio, devido ao poder global da indústria açucareira, e aos subsídios generosos que ela recebe.
“O ingrediente mais barato para alimentos sempre vai ser o açúcar, enquanto o subsidiarmos”, explica Mishra.
“Por uma… tonelada de açúcar, você paga US$ 500 ou menos.”
A polpa e o sumo do cacau custam mais, então o novo chocolate seria, por enquanto, mais caro.
No entanto, fabricantes de chocolate em países onde o cacau é cultivado — do Havaí à Guatemala e Gana — entraram em contato com Mishra para obter informações sobre o novo método.
Nenhuma empresa suíça de chocolate eliminou completamente o uso de açúcar
Na Suíça, alguns dos maiores fabricantes — incluindo a Lindt — estão começando a usar o fruto do cacau, assim como os grãos, mas nenhuma, até agora, tomou a iniciativa de eliminar o açúcar completamente.
“Temos que encontrar produtores de chocolate ousados ??que queiram testar o mercado e estejam dispostos a contribuir para um chocolate mais sustentável”, diz Mishra.
“Assim, podemos mudar o sistema.”
Talvez esses produtores ousados ??sejam encontrados na Suíça, cuja indústria de chocolate produz 200 mil toneladas a cada ano, no valor estimado de US$ 2 bilhões. Na Chocosuisse, Roger Wehrli vê um futuro mais sustentável, mas ainda brilhante.
“Acho que o chocolate ainda vai ter um gosto fantástico no futuro”, ele insiste. “E acho que a demanda vai aumentar no futuro devido à crescente população mundial.”
E as pessoas vão comer chocolate suíço? “Obviamente”, diz ele.
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Segmento hoteleiro cada vez mais integrado à transformação digital
Segmento hoteleiro cada vez mais integrado à transformação digital ((Foto: Drazen Zigic/ Freepik))
Transformação digital – Dezenove hotéis do país começaram a testar o novo modelo digital da conhecida e analógica Ficha Nacional de Registro de Hóspede (FNRH) até hoje utilizada em versão impressa por força da legislação brasileira, mas já substituída a tempos em outros países por soluções muito mais adequadas à modernidade. Com a tecnologia em teste, os clientes que chegam para preencher seus dados no check-in já podem acessar a versão eletrônica da ficha, reduzindo consideravelmente o tempo de espera dos hóspedes.
Importante ressaltar que ao contrário do que este ou aquele cliente possa argumentar, é absolutamente obrigatório por força de lei o preenchimento dos dados de quem se hospeda em todos os campos do modelo padrão da ficha. A inovação também melhora a segurança e permite um gerenciamento mais eficiente dos dados turísticos, fundamentais para traçar estratégias comerciais, além de simplificar e acelerar o envio das informações exigidas pela Lei Geral do Turismo sempre também em consonância com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Como funcionará a ficha digital?
O objetivo dessa primeira etapa do projeto é avaliar as novas funcionalidades da Ficha Nacional de Registro de Hóspede e corrigir quaisquer dissonâncias detectadas. Os hotéis selecionados foram indicados pelas entidades que compõe o Conselho Nacional de Turismo (CNT) e a meta é implantar a versão digital da FNRH em toda rede hoteleira do Brasil até 2025.
A ficha digital funcionará de forma integrada com plataformas de gestão hoteleira (PMS) e outras ferramentas digitais, permitindo a geração de dados mais robustos, auxiliando na análise de tendências e comportamentos e apoiando a tomada de decisões estratégicas para o setor transformando-se assim em um CRM (Customer Relationship Management) fantástico para os gestores. “A FNRH Digital foi projetada para suportar um grande volume de acessos simultâneos, garantindo um desempenho estável e eficiente, mesmo durante os picos. Esse sistema robusto e escalável está preparado para acompanhar o crescimento esperado do turismo”, explicou o diretor presidente do Serpro, Alexandre Amorim.
O hotel Mercure Brasília Líder, da rede Accor, inaugurado em 2001 foi o primeiro a se tornar apto a testar o piloto da nova tecnologia. “A digitalização da Ficha representa um avanço significativo para o setor hoteleiro brasileiro. Com essa tecnologia, conseguimos otimizar e agilizar o processo de check-in, melhorar a segurança dos dados e oferecer uma experiência mais fluida para nossos hóspedes. Esta inovação traz ganhos em eficiência, segurança e na modernização necessária ao setor, permitindo que menos tempo seja dedicado à burocracia operacional e mais tempo à experiência do hóspede e à personalização do atendimento”, avalia Marcelo Salomão, vice-presidente sênior de Tecnologia da Accor Américas.
A transformação digital traz muitos benefícios
Com a crescente sistematização digital, a hotelaria obterá uma economia significativa de papel e custos de impressão. A tecnologia vai ajudar a promover a sustentabilidade e reduzir despesas operacionais, alinhando-se às tendências “eco-friendly” cada vez mais valorizadas pelo mercado e pilar essencial da ESG.
Através da Ficha Digital e Web Check-in, o processo de registro de hóspedes é simplificado e o tempo de espera na recepção reduzido drasticamente aumentando a eficiência percebida dos hóspedes em relação aos colaboradores.
Além disso, as ferramentas ajudarão no combate às fraudes hoje tão comuns nas mais diversas áreas que se transformaram em um pesadelo para todos que atuam na hospitalidade.
Alguns dos benefícios da nova solução:
Melhoria da Experiência do Hóspede: Experiência positiva desde o momento da chegada dos hóspedes através de processos mais rápidos, modernos e eficientes.
Maior Controle de Dados: Digitalização das informações dos hóspedes evitando erros de registro e perda de dados, tornando o gerenciamento mais eficaz e ágil. Armazenamento em nuvem evitando assim práticas lesivas por vazamento de dados pessoais.
Redução de Custo Operacional: Otimização do processo de check-in e check-out, economia em custos operacionais, como uso de papel e necessidade de pessoal adicional.
Redução de Filas: Eliminação das longas esperas na recepção, aprimorando significativamente a satisfação dos clientes através de “express check-ins” e “check-outs”.
Integração com PMS: Garantia que as soluções estão integradas ao sistema de gerenciamento de dados do hotel tornando a operação cada vez mais amigável.
A ficha digital é uma ferramenta para hotéis que substitui formulários em papel por um processo digital, permitindo que hóspedes forneçam informações como identificação e de todas as suas preferências através de dispositivos móveis ou computadores muito antes da sua chegada ao hotel.
”Não se gerencia o que não se mede. O que não pode ser medido não poderá ser melhorado”
Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)
Instagram: mvsluys email: mvsluys@gmail.com Whatsapp: (31) 98756-3754
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Artigo: Emissões seriam piores sem avanços do setor elétrico
Arthur Sousa*
O setor elétrico brasileiro pode ter muitos problemas, mas, entre eles, não está a sua evolução nos últimos anos, tanto em relação ao crescimento da capacidade de geração instalada quanto aos avanços de fontes renováveis para abastecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nesse sentido, o país tem dado ao mundo uma contribuição importante para o modelo de geração sustentável, o que, por outro lado, também tem garantido ao Brasil autoridade para debater esses temas em âmbito internacional.
Há dados e números de todos os tipos, mas nenhum será capaz de negar que o Brasil incorporou a ideia de sustentabilidade energética em seu planejamento. Entretanto, entre esses desafios, neste momento, está um que preocupa: atribuir às fontes renováveis, entre as quais, a geração distribuída, todos os males do setor elétrico, deixando de lado a sua importância na agenda de descarbonização do planeta.
Iniciemos pelo óbvio. O Brasil está forjando um modelo de expansão do setor elétrico, necessário para o crescimento do país, que propicia benefícios extraordinários na redução das emissões de gases de efeito estufa e poderá ser apresentado nos encontros globais que o país está prestes a receber, como a reunião do G20, no Rio de Janeiro, em novembro do próximo ano, e na COP30, no fim de 2025, em Belém (PA).
No ano passado, segundo dados do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o setor elétrico nacional reduziu suas emissões em relação aos anos anteriores. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as fontes renováveis (eólica e solar) e as hidrelétricas foram responsáveis por quase 90% dos 75,6 mil MW médios injetados no sistema em 2023.
Antes de falar de riscos sistêmicos sobre o setor ou de subsídios excessivos, é preciso compreender que o país estaria, em termos de emissões, em situação muito menos favorável se o setor elétrico estivesse emitindo CO2, como ocorre hoje no sistema de transporte público e de cargas e nos desmatamentos, este, o maior dos problemas.
Há um tema adicional que deve ser considerado nessa discussão. Companhias mundo afora, todas inseridas dentro da lógica do capitalismo, estão preocupadíssimas com a situação climática. Lá, como cá, estão desenvolvendo programas robustos de controle das emissões, promovendo diversas frentes para mudar suas matrizes de suprimento de energia.
As instituições de crédito e fomento estão deslocando centenas de bilhões de dólares para projetos sustentáveis e acelerando a movimentação de recursos no mercado global de créditos de carbono, negócio que pode superar, em muitas vezes, os recursos aplicados em subsídios para que o país pudesse criar esse modelo de negócio no mundo da energia. O Congresso Nacional discute o Marco Legal do Mercado de Carbono, que voltou ao Senado após a Câmara mudar o texto aprovado pelos senadores. O Brasil pode começar a ganhar muito com isso. Aliás, isso já começou.
Não é por outras razões, senão pela posição brasileira também na sustentabilidade de sua matriz elétrica, que o país conseguiu, em junho, uma segunda emissão de greenbonds no mercado internacional. Títulos do Tesouro com vencimento de sete anos e juros ainda menores de 6,375% ao ano. Somadas as captações de novembro de 2023 e junho de 2024, o Brasil conseguiu negociar títulos da dívida brasileira no montante de US$ 4 bilhões. Os juros de agora foram menores do que o negócio no ano passado, de 6,5% a.a. Não teria obtido essas linhas se não tivesse criado um modelo sustentável que tem evidência para o mundo.
Isso não ocorre por acaso. O setor elétrico brasileiro não é responsável pela posição de sexto maior emissor de gases do efeito estufa (GEE) do planeta, com 2,3 bilhões de toneladas de emissões, conforme dados de 2022 coletados pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), elaborado pelo Observatório do Clima. Não é exagero afirmar que o Brasil só está nessa posição em razão dos benefícios ambientais produzidos por décadas de desenvolvimento dos projetos de geração de energia. Sem isso, o Brasil estaria, isso sim, liderando o triste ranking dos poluidores do mundo.
Se há ajustes necessários para a convivência entre as fontes renováveis e as fontes mais tradicionais, que os façamos. Entretanto, não podemos destruir um arranjo institucional construído pelo país com grande esforço para contemplar visões retrógradas que enxergam apenas o balanço energético do próximo mês, e não uma visão mais estrutural que se alinha ao espírito de preservação global, sobre o qual o Brasil tem papel central e está exercendo com liderança.
É fato. Nossas emissões de GEE seriam muito piores se não tivéssemos o atual modelo de geração de energia elétrica. A nossa posição como emissor global nada tem a ver com o setor elétrico, mas, sim, com as políticas de governos descompromissados com a preservação dos nossos biomas e de um sistema de transporte e logística sustentado no diesel fóssil. Devemos preservar o modelo que criamos no setor elétrico renovável — talvez, ajustá-lo para mecanismos mais novos —, mas não promover sua destruição em razão de ele ter se tornado exitoso demais diante das fontes concorrentes. Não há lógica nisso.
*Conselheiro do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), membro da Mobilização Empresarial pela Inovação da CNI e conselheiro de empresas
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5 dicas para transformar ambientes com a iluminação
O projeto luminotécnico é uma peça fundamental no quebra-cabeça do design de interiores, atuando não apenas como um elemento funcional, mas também como uma ferramenta estratégica para realçar a beleza e a atmosfera dos espaços. O arquiteto Daniel Szego, com sua vasta experiência no tema, compartilha dicas sobre como a iluminação pode ser usada para criar cenários singulares e enriquecer o projeto de decoração.
O profissional enfatiza que a iluminação deve ser considerada desde as etapas iniciais de planejamento. Sua capacidade de moldar a percepção do espaço e de influenciar a cor e a textura dos materiais é essencial, impactando diretamente o bem-estar dos ocupantes. Para ele, a excelência vai além de selecionar belas luminárias: é crucial entender a luz como um elemento arquitetônico que organiza, define e vitaliza os ambientes.
1. Camadas de luz
A estratégia de utilizar variados tipos de iluminação – diretas, indiretas, difusas e focais – permite destacar pontos de interesse e configurar a atmosfera desejada. O profissional também sugere implementar sistemas de controle para modular a intensidade e a temperatura da cor, permitindo que o ambiente seja adaptado para diferentes situações e atividades.
2. Harmonia visual
A seleção de lâmpadas e luminárias deve estar em consonância com o estilo do espaço. Peças modernas e minimalistas se beneficiam de formas simples e linhas limpas, enquanto espaços de estética clássica ou rústica ganham vida com detalhes mais elaborados e texturas ricas. A sustentabilidade segue como uma prioridade, com Daniel Szego recomendando opções de baixo consumo energético como LEDs, que combinam eficiência e menor impacto ambiental.
A iluminação pode ser usada para destacar espaços da casa (Imagem: Pinkystock | Shutterstock)
3. Personalização
A criação de zonas de iluminação controláveis é fundamental para a personalização do uso do espaço. Esse recurso possibilita a adaptação da iluminação em diferentes áreas conforme necessário, seja para realçar obras de arte, facilitar o foco no trabalho ou criar um ambiente relaxante.
4. Modernidade e tecnologia
Perfis de LED embutidos oferecem uma solução elegante para iluminar precisamente áreas específicas sem expor a fonte de luz, conferindo um efeito luminoso distribuído que adiciona uma camada de sofisticação e modernidade ao espaço.
5. Temperatura de cor
Experimentar diferentes temperaturas de cor é vital para definir a vibe de cada ambiente. Tons mais quentes são ideais para áreas de descanso, enquanto os mais frios se adaptam melhor a espaços de trabalho, como cozinhas e escritórios, influenciando a produtividade e o estado de ânimo. “A iluminação correta é crucial para realçar a funcionalidade e estética de um espaço, moldando como o experienciamos em nosso dia a dia”, finaliza Daniel Szego.
Por Bruna Rodrigues
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