Empresas do Centro-Oeste se destacam entre as melhores do agro

As empresas da região Centro-Oeste são destaques no Anuário do Agronegócio, uma publicação da Globo Rural que neste ano chega à sua 19ª edição, mostrando uma radiografia das principais companhias do agro brasileiro.

O histórico do anuário mostra que entre 2017 e 2022 a soma das receitas líquidas das empresas do Centro-Oeste listadas na publicação cresceu 225%, passando de R$ 47 bilhões para quase R$ 153 bilhões. O número de companhias participantes passou de 41, em 2018, para 47, este ano.

Ao comentar o desempenho das empresas, o analista André Pessôa, presidente da consultoria Agroconsult, destaca que, no ano passado, o Centro-Oeste teve um clima mais estável, favorecendo a produtividade, durante o ciclo de alta de preços. Ele observa que a extraordinária vocação da região para incorporar tecnologia e larga escala gerou um crescimento robusto:

— A melhoria da infraestrutura com fortes investimentos na logística também contribui positivamente. Mas, acima de tudo, prevaleceu o notável espírito empreendedor que caracteriza os produtores locais.

A anuário será lançado amanhã, em São Paulo, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Melhores do Agronegócio às empresas que se destacaram em 21 segmentos. A premiação, a mais tradicional do agro, é promovida pela Globo Rural, em parceria com a Serasa Experian, que é responsável pela análise técnica das informações.

Receitas e sustentabilidade

O anuário contém reportagens sobre os vencedores do prêmio e os dados financeiros das 500 maiores empresas do agronegócio brasileiro, além dos principais indicadores regionais e estaduais das companhias selecionadas.

A escolha das empresas é feita por meio de uma rigorosa pesquisa, conduzida pela Serasa Experian, que leva em conta as demonstrações contábeis (receita líquida, rentabilidade e endividamento, entre outras) e os questionários e relatórios sobre a responsabilidade socioambiental. O resultado financeiro tem peso de 70% e a sustentabilidade, de 30%, na classificação das melhores em cada segmento.

Na edição do anuário deste ano, o segmento com maior número de empresas entre as 500 maiores do agronegócio é o de bioenergia, com 85 usinas listadas. A seguir, vêm as cooperativas, com 54 organizações, e em terceiro lugar, reflorestamento, papel e celulose, com 35 companhias.

O segmento de indústria de soja e óleos, apesar de contar com apenas 18 empresas entre as 500 maiores do Anuário do Agronegócio, tem uma participação de 19% na receita líquida registrada no ano passado. Em seguida vêm as cooperativas, com 17% da receita líquida, e em terceiro, o segmento de bioenergia, com 10% do faturamento.

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