Meio Ambiente

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Milhões de tartarugas bebês aproveitam confinamento humano para chegar ao mar

A quantidade de tartaruguinhas que atravessaram a areia da praia até a água este ano é maior do que a registrada nos últimos anos

 

Em Odisha, no leste da Índia, milhões de filhotes de tartaruga-oliva alcançaram o mar.

A quantidade de tartaruguinhas que atravessaram a areia da praia até a água este ano é maior do que a registrada nos últimos anos.

Uma das razões pode ser a quarentena imposta no país.

Com as pessoas em casa, as praias estão mais tranquilas e a poluição diminuiu.

Para essas tartarugas, o confinamento acabou.

Fonte: Época Negócios

O que muda com as novas metas de sustentabilidade para remuneração na Vale

A mineradora traçou objetivos ambiciosos para reconquistar a confiança dos investidores, mas o horizonte ainda se mostra desafiador

 

A Vale criou recentemente novas metas de sustentabilidade e governança para balizar a remuneração de seus executivos, em mais um movimento para reconquistar a confiança dos investidores – que por sua vez estão aumentando as cobranças neste sentido. Embora a mineradora venha apresentando resultados robustos, mesmo em tempos de pandemia do novo coronavírus, o ambiente continua desafiador para seus planos de longo prazo.

Na terça-feira, 12, o fundo soberano da Noruega anunciou a exclusão da Vale de seus investimentos “após uma avaliação do risco de contribuição para danos ambientais graves”, resultado de “repetidas violações de barragens”.

Para especialistas, o anúncio do banco central norueguês é apenas reflexo de um movimento que vem crescendo e veio para ficar: a cobrança por melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) das empresas.

“Quando um sistema de metas de ESG é criado, com previsão de prêmio ou punição, a chance é maior de enraizar essa nova cultura”, afirma Luiz Marcatti, presidente da Mesa Corporate Governance, consultoria especializada em governança corporativa.

Ele pondera, entretanto, que não só a mineradora precisará cumprir as suas metas, mas o investidor terá que cobrá-las. “Todas as empresas que adotarem essa postura terão uma enorme lupa sobre elas.”

De acordo com a Vale, 12% da remuneração total dos executivos agora está vinculada a métricas de ESG. Os compromissos para 2030 também foram revisados, com metas mais “ambiciosas”, conforme informou a companhia.

Entre elas, estão carbono neutro até 2050 – alinhado ao acordo de Paris – e 100% de autoprodução de energia limpa globalmente.

Com metas claras, os investidores tendem a cobrar a empresa para entregar uma operação mais sustentável do ponto de vista ambiental e de governança. Também poderão exigir que a companhia faça tudo que estiver ao seu alcance para evitar novos desastres como os de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, sob pena de redução drástica de gratificações. Isso significa, é claro, muito menos lucro.

“O mercado está entendendo que não adianta só lucrar e não ser sustentável”, afirma Pedro de Marco, analista especializado em commodities da gestora Reach Capital. Segundo ele, os investidores estão cobrando muito mais a adoção de práticas de ESG, porém, este ainda não é um consenso, especialmente na indústria extrativa.

“Na mineração, adotar metas claras de ESG é um caminho inovador, a Vale está subindo a barra em seu setor”, diz. O analista lembra que suas principais concorrentes – Rio Tinto, BHP e Fortescue – não definiram claramente números e metas na área, o que coloca a mineradora brasileira em destaque nas práticas de ESG.

O analista pondera, entretanto, que a gestão precisa concentrar esforços para entregar essas metas. Marcatti corrobora. “Depois de Brumadinho, ficou claro que as mudanças propostas pela Vale para evitar desastres como o de Mariana eram cosméticas. Quando a companhia crava metas de remuneração, trata-se de uma mensagem forte ao mercado de que ela quer mudar, só precisa cumprir.”

Desconto
Embora a Vale deva continuar enfrentando diversos obstáculos para reconquistar a plena confiança do mercado, analistas avaliam que as ações da mineradora continuam baratas.

A mineração está amplamente ligada ao desempenho da economia global, especialmente da China, que representa metade da demanda do setor e da Vale. Com a retomada gradual da economia chinesa, os preços do minério de ferro têm subido nas últimas semanas e superaram a casa dos 90 dólares por tonelada nesta quarta-feira, 13. Uma ótima notícia para a companhia.

Neste cenário, as ações da mineradora brasileira fecharam em alta nesta quarta, mas ainda longe do valor de antes do desastre de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019.

Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos, observa que depois da pandemia do coronavírus as empresas estão buscando liquidez. “A situação da Vale está muito confortável, principalmente em relação ao caixa, uma vez que a empresa acabou não pagando dividendos depois de Brumadinho.”

Apesar das cifras expressivas envolvendo desembolsos e provisões para passivos do desastre, o caixa da companhia, hoje, lhe compete vantagem, avalia Cantreva. “As ações da companhia estão baratas, mas esse ajuste só deve acontecer quando tivermos uma visibilidade melhor da economia global.”

Para ele, as iniciativas de ESG da mineradora serão importantes principalmente porque este movimento só deve crescer no mundo e, quanto mais a Vale demorar para se adaptar a esses novos padrões, mais tempo a ação vai ficar descontada. “O número de investidores que cobram metas de ESG só aumenta e a Vale precisa começar a tomar atitudes a partir de agora.”
Fonte: Exame

Bolsonaro ataca Greenpeace, que responde

“Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo!”, atacou ele

O Greenpeace Brasil respondeu às críticas feitas hoje de manhã à organização pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Em fala a jornalistas ao deixar o Palácio do Alvorada, Bolsonaro afirmou pela manhã: “Quem é Greenpeace? Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo! Isso é um lixo!”

A organização usou uma sequência de tuítes para responder no início da tarde ao questionamento retórico do presidente. “Somos uma organização que pressiona qualquer governo. Quando vemos ameaças às florestas, vamos nos manifestar”, afirma o Greenpeace. “Usamos confrontos pacíficos e criativos para expor problemas ambientais e desenvolver soluções para um futuro verde e pacífico.”

A ONG afirmou ainda ser independente de empresas, governos e partidos e formada por pessoas empenhadas em proteger o meio ambiente.

Em resposta ao xingamento de “lixo”, o Greenpeace usou de ironia. “De lixo a gente entende! Nos últimos 3 anos nossos voluntários e voluntárias coletaram mais de 90 toneladas de lixo.”

A organização propôs um debate sobre outro “lixo”, simbolizado pelo aumento do desmatamento, a flexibilização do licenciamento ambiental, a liberação de agrotóxicos e a mineração em terras indígenas — intensificados durante o governo Bolsonaro.

As críticas de Bolsonaro à ONG pela manhã foram proferidas depois de jornalistas o questionarem sobre cobranças do Greenpeace em relação ao Conselho da Amazônia, que não tem metas nem orçamento definidos. “A questão ambiental é mole. A Amazônia equivale a uma Europa Ocidental, é mole de resolver o problema lá”, disse Bolsonaro mais cedo.

Bolsonaro afirmou também que não resolveria nada incluir governadores e secretários municipais no Conselho da Amazônia. “Se você quiser que eu bote governadores, secretários de grandes cidades, vai ter 200 caras. Sabe o que vai resolver? Nada. Nada”, disse Bolsonaro.

“Tem bastante ministros. Nós não vamos tomar decisões sobre Estados da Amazônia sem conversar com governador, com a bancada do Estado. Se botar muita gente é passagem aérea, hospedagem, uma despesa enorme, não resolve nada”, complementou.

Na última terça-feira, o presidente fez críticas à “indústria da demarcação de terras indígenas” ao assinar o decreto que transferiu o conselho para vice-presidência.
Fonte: Valor Econômico

Maré alta histórica afeta Veneza

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‘Acqua alta’ atingiu 1,87 m segundo o Centro de Marés da cidade italiana, a maior desde novembro de 1966.

Veneza registrou na noite desta terça-feira (12) uma histórica “acqua alta” (maré alta), com um pico que pode atingir ou superar 1,90 metro, segundo o Centro de Marés da cidade italiana.

“Enfrentamos uma maré mais que excepcional. Todos estão mobilizados para manejar a emergência”, tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro.

“Amanhã (nesta quarta, 13) pediremos o estado de catástrofe natural porque os custos (os danos) serão provavelmente significativos e se espera que o nível da água continue subindo”, acrescentou Brugnaro. “Necessitamos que todos nos ajudem a lidar com o que é claramente o impacto da mudança climática”, acrescentou o prefeito, no fim da noite na famosa praça de São Marcos.

Por volta de meia-noite, o Centro de Marés indicava uma altura de 1,87 m, a maior “acqua alta” desde o recorde registrado em 4 de novembro de 1966. O nível das marés é registrado em Veneza desde 1923.

Um nível de maré de 1,87 m não significa que a cidade esteja submersa sob quase dois metros de água. Desta altura deve-se subtrair o nível médio da cidade, que se encontra em entre um metro e 1,30 m.

Segundo jornalistas da AFP-TV, o nível da água atingia “1,20 metro em algumas zonas”.

“Estávamos a par do fenômeno, mas fomos beber algo e quando saímos, olhem….”, declarou à AFP-TV uma turista francesa, que foi surpreendida pelas águas.

As águas inundaram o vestíbulo da basílica de São Marcos, algo pouco frequente.

O procurador do prédio, Pierpaolo Campostrini, recordou que em toda a história da basílica – construída em 828 e reconstruída em 1063 (após um incêndio) – o vestíbulo só foi inundado em cinco ocasiões.

O mais preocupante é que três das cinco grandes inundações ocorreram nos últimos 20 anos. A última em 2018.

O fenômeno da “acqua alta” costuma inundar as zonas baixas da cidade, em particular a praça de São Marcos. Na noite desta terça-feira o fenômeno foi agravado pelo siroco, um forte vento saariano.

Para proteger Veneza das marés, que afetam cada vez mais seu patrimônio artístico, em 2003 foi iniciada a construção de 78 diques flutuantes com base no projeto MOSE (Módulo Experimental Eletromecânico). Este sistema fechará a lagoa em caso de excessiva elevação das águas do Adriático.

Fonte: G1

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