Chuva
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Mais de 100 cidades estão em situação de emergência após chuvas em MG, diz Defesa Civil
Segundo o coordenador adjunto do órgão, decreto será publicado na manhã desta segunda (27).
Subiu para 101, nesta segunda-feira (27), o número de cidades em situação de emergência em Minas Gerais por conta das chuvas, de acordo com o coordenador adjunto da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Flávio Godinho.
Ainda segundo a Defesa Civil, o decreto será publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Governo de Minas Gerais nesta manhã.
A medida vale por 180 dias e possibilita ações mais céleres para a recuperação dos estragos e auxílio à população. Todos os órgãos estaduais estão autorizados a atuar nos trabalhos sob coordenação da Defesa Civil de MG.
Até o momento, o órgão confirmou a morte de 44 pessoas no estado, registradas entre sexta-feira (24) e domingo (26). Entre as vítimas estão crianças e bebês. Dezenove pessoas continuam desaparecidas. A maior parte das ocorrências está relacionada a risco geológico, como deslizamentos e soterramentos.
No fim de semana, quando 47 cidades estavam sob o decreto estadual, foi solicitado ao governo federal o reconhecimento do estado de emergência. O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Gustavo Canuto, esteve em Belo Horizonte neste domingo e disse que os atingidos pela chuva devem ter antecipação do Bolsa Família e do saque do FGTS.
Nesta segunda-feira (27), uma portaria publicada no Diário Oficial da União reconheceu a situação de emergência em decorrência das chuvas intensas nos 47 municípios. Canuto prometeu que o governo federal vai disponibilizar R$ 90 milhões para atender às demandas relacionadas às fortes chuvas em Minas Gerais.
Pontos de doação
Defesa Civil, Servas e Cruz Vermelha fazem campanha para arrecadação de donativos para os mais de 13 mil desalojados e 3.354 desabrigados em todo o estado após as fortes chuvas.
Principalmente: Produtos de limpeza e de higiene pessoal, água mineral, fraldas, alimentos não perecíveis, colchões e roupas íntimas.
As doações devem ser entregues nos seguintes locais:
- Ponto de apoio da Cruz Vermelha: Avenida Úrsula Paulino, 1555, Bairro Betânia;
- Sede da Cruz Vermelha: Alameda Ezequiel Dias, 427, Centro;
- Servas: Avenida Cristóvão Colombo, 683, Funcionários;
- Todos os batalhões do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar em MG.
Fonte: G1
Verão será chuvoso em quase todas as regiões do Brasil e terá temperaturas dentro da média para a estação
Estação foi mais quente e seca em 2019 por causa do El Niño. Sem o fenômeno, o país deve ter temperaturas dentro da média e as regiões Sudeste e Centro-Oeste serão as mais afetadas pelas chuvas.
O verão começa à 1h09 do próximo domingo (22). Sem sofrer a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña, a estação deve ser típica e apresentar o que normalmente se espera dela: dias quentes e chuvosos na maior parte do país até 20 de março. A previsão é de chuva “volumosa e generalizada” para quase todas as regiões, especialmente para o Sudeste.
De acordo com meteorologistas ouvidos pelo G1, no verão passado o Brasil estava sob a influência do El Niño, que deixou as temperaturas mais altas no Sudeste (em São Paulo, a estação foi a 5º mais quente da história). O fenômeno provoca um aquecimento acima do normal na parte do Oceano Pacífico próxima ao Equador, e dificulta a entrada do ar frio.
Na próxima estação, Oceano Atlântico será a principal fonte de influência. O “Atlântico Sul”- trecho que banha toda costa leste do Brasil, do Uruguai e da Argentina – estará mais quente, explica o meteorologista Tércio Ambrizzi, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
“Isso faz com que as frentes frias passem mais rápido pelo Sul e fiquem mais tempo estacionadas no Sudeste. Então é possível que esse verão seja normal, até ligeiramente acima da média em termos de precipitação no Sudeste e Centro-Oeste, particularmente, entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas, e talvez chegando até ao sul da Bahia”, diz Ambrizzi.
A meteorologista Patricia Madeira , do Climatempo, explica que essa condição ocorrerá por causa de um sistema meteorológico chamado de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). As ZCAS se formam quando as frentes frias passam devagar pelo Sudeste a caminho da Amazônia e trazem as chuvas constantes.
Neste ano o fenômeno vai afetar São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Centro-Oeste e uma parte da Amazônia. A meteorologista ressalta que, um dos pontos positivos das ZCAS, é que elas proporcionam chuvas que chegam aos rios e aos principais reservatórios de água no Brasil.
As melhores condições para quem quer aproveitar dias de praia devem estar no Sul e no Nordeste do país. Isso porque Sudeste e Norte estarão sujeitos a mais períodos de chuva contínua, o que ajuda no registro de temperaturas mais amenas.
Consequência dos temporais
Os especialistas lembram que, neste verão, o estado do Rio de Janeiro deverá manter alerta para a possibilidade de chuvas fortes.
“O Rio está na faixa onde podem ocorrer chuvas mais intensas durante o verão” – Tércio Ambrizzi, meteorologista
A meteorologista Patrícia Madeira explica que, em 2019, a chuva começou já na primavera, deixando o solo de algumas áreas do Sudeste mais vulnerável a deslizamentos de encostas por causa da quantidade de água já absorvida pela terra.
Fonte: G1