abril, 2020
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Pandemia vai permitir aceleração do desmatamento na Amazônia, prevê consultoria
Perspectivas para Amazônia não eram boas antes da pandemia e, agora, são ainda piores
A pandemia do novo coronavírus deve levar a uma aceleração do ritmo de desmatamento da Amazônia no Brasil, prevê a consultoria Eurasia.
As perspectivas para a floresta já não eram boas no início deste ano, afirma a empresa em um relatório divulgado neste domingo (26/4).
Os alertas de desmatamento emitidos pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aumentaram 51% em relação ao ano anterior. Foi o nível mais alto neste período desde o início da série, em 2016, aponta o documento.
A consultoria destaca ainda que o número de alertas nesta época do ano é “geralmente muito baixo por causa de chuvas torrenciais” na região.
Na temporada 2018/2019, foram derrubados quase 10 mil km² quadrados da Amazônia, a taxa mais alta desde 2008, de acordo com o Inpe.
Com a pandemia, aumentam as chances de que a marca venha a ser superada na temporada atual, diz a Eurasia, que aponta quatro razões principais para isso.
Menos pressão internacional
A Eurasia aponta que não apenas outros países, mas também empresas e instituições internacionais estão entre os principais agentes que atuam em prol da proteção ambiental da Amazônia durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A consultoria recorda que o presidente brasileiro demorou a tomar medidas para combater os incêndios na floresta no ano passado. Mas, quando isso ganhou destaque na mídia ao redor do mundo e levou atores internacionais a pressionarem seu governo, “ele finalmente enviou tropas para combater os incêndios na Amazônia e elevou o tom contra o ‘desmatamento ilegal'”.
“Em janeiro, o governo criou o Conselho Amazônico, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão, para coordenar iniciativas federais e locais para combater atividades ilegais e fortalecer a economia na região amazônica. O presidente também lançou a Força Ambiental Nacional para aumentar as operações de segurança”, destaca a Eurasia.
Mas essa mesma pressão tende a perder força enquanto o mundo estiver concentrado em combater a propagação do novo coronavírus.
“É muito difícil ver a conservação da floresta se tornando uma questão global importante durante a pandemia. Com o coronavírus na cabeça de todos, o preço de reputação internacional de curto prazo que o Brasil pagará por não conter o desmatamento diminuirá.”
Menos recursos do Exército disponíveis
A consultoria ressalta que, além de manter tropas na região por dois meses em 2019, autoridades brasileiras debatiam uma intervenção mais longa neste ano, a partir de março.
Mas isso ficou em segundo plano diante da pandemia, descrita pela comandante do Exército, Edson Pujol, como “talvez a missão mais importante da nossa geração”.
“Recursos orçamentários e atenção que poderiam ser dedicados à Amazônia serão utilizados no combate à covid-19. Bolsonaro, por exemplo, pediu ao Exército que use suas instalações e pessoal para produzir desinfetantes para as mãos e cápsulas de hidroxicloroquina — apesar de sua eficácia não ter sido comprovada”, destaca o relatório.
Por um lado, a queda da atividade econômica em meio à recessão pode reduzir a demanda por novas terras, que são obtidas por meio da derrubada da floresta.
Mas a crise também pode levar muitas pessoas à pobreza, o que aumentaria a propensão de que elas se envolvam em atividades ilegais para obter alguma renda.
Por isso, a empresa afirma: “Este será um fator-chave para determinar se as taxas de desmatamento terão um aumento contínuo de 2021 em diante”.
Será mais difícil implementar a estratégia de Bolsonaro para a região Amazônica
O presidente brasileiro adotou uma estratégia diferente de seus antecessores para proteger a floresta e conter o desmatamento.
Bolsonaro diz que é mais eficiente estimular atividades econômicas legais que explorem os recursos naturais da Amazônia e dar incentivos para compensar os empresários locais pela preservação ambiental promovida por eles do que aplicar multas ou realizar operações policiais.
“Esses esforços já levariam muito tempo para gerar dividendos. Mas se tornarão particularmente mais difíceis de implementar em meio a uma crise econômica global, com um nível mais alto de volatilidade e incerteza”, afirma a Eurasia.
“Isso no mínimo retardará as ações do Brasil para criar uma estrutura mais sólida para desenvolver a economia da Amazônia.”
Fonte: Época Negócios
Consumidores Brasileiros com placas solares fotovoltaicas
Um exemplo disso vem do micro empresário Célio Gurgel, de Fortaleza que tem um pequeno sistema solar fotovoltaico instalado no telhado da sua casa há seis meses.
Célio Gurgel, conseguiu poupar, cerca de 70% na conta de luz mensal.
“Estou muito satisfeito por ter adquirido a energia solar por dois motivos. O primeiro é o financeiro, pois, com o sistema fotovoltaico, consigo reduzir o valor da conta e usar essa economia em outras despesas. O segundo é a questão da sustentabilidade, pois a luz solar é natural, não-poluente e praticamente inesgotável”, afirma Gurgel.
“O tempo de retorno está estimado em quatro anos, lembrando que o sistema tem vida útil de pelo menos 25 anos”, adiciona Jonas Becker, coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) no Ceará e executivo da ECO Soluções em Energia, responsável pelo projeto na residência de Gurgel.
Um sistema fotovoltaico bem estruturado pode reduzir os gastos com eletricidade dos consumidores em até 95%. Isto alivia o orçamento das famílias e permite reservar a poupança para outras necessidades como alimentação, educação e saúde.
Segundo mapeamento da ABSOLAR os investimentos privados acumulados em sistemas fotovoltaicos nas moradias ultrapassam R$ 4,2 bilhões no Brasil desde 2012. As casas brasileiras representam 72,6% de todos os sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica, de um total de mais de 210 mil conexões espalhadas por mais de 81% dos municípios do Brasil.
“Há no País mais de 70 linhas de financiamento para quem quer adquirir energia solar, com taxas de juro a partir de 0,75% ao mês, o que viabiliza a instalação. Muitas vezes, a economia na conta de luz trazida pela solar já paga a parcela do financiamento e ainda libera recursos para as famílias”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Fonte: Portal Energia
Queda do petróleo deve ser grande demais para ser compensada por cortes
Em relatório publicado nesta quarta-feira, AIE prevê que a demanda mundial pela commodity irá diminuir em média 9,3 milhões de barris por dia
A Agência Internacional de Energia (IEA) projetou nesta quarta-feira uma queda de 29 milhões de barris por dia na demanda por petróleo em abril, para níveis não vistos há 25 anos, alertando que cortes de produção não poderão compensar totalmente a queda do mercado no curto prazo.
Os futuros do petróleo Brent, referência internacional, caíam cerca de 4% pouco após o relatório mensal da IEA, operando próximos de 28,30 dólares por barril.
A IEA estimou uma queda de 9,3 milhões de bpd na demanda em 2020, apesar de ter qualificado como “um sólido início” o acordo entre produtores para restrições recorde à oferta de petróleo, como resposta à pandemia do coronavírus.
“Ao reduzir o pico do excesso de oferta e achatar a curva de crescimento dos estoques, eles ajudam um sistema complexo a absorver o pior da crise”, disse a agência com sede em Paris em seu relatório mensal.
“Não há um acordo viável que possa cortar oferta o suficiente para compensar tais perdas de demanda no curto prazo. No entanto, o acordo da semana passada é um sólido início”.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores incluindo a Rússia chegaram a um acordo no domingo para uma redução recorde na produção a partir de maio, de 9,7 milhões de bpd.
Antes disso, no entanto, abril pode se mostrar o pior mês da história para a indústria de petróleo, uma vez que a produção deve crescer enquanto a demanda tem um tombo devido a medidas de isolamento adotadas pelo mundo contra o coronavírus, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol.
“Quando olharmos para trás, para 2020, poderemos talvez ver que esse foi o pior ano… e abril bem pode ser o pior mês– ele pode ficar conhecido como ‘abril negro’”, disse Birol a jornalistas em uma teleconferência.
Os produtores de petróleo “perderam dois meses muito importantes”, acrescentou ele, em referência ao fracasso da Opep e aliados em obter um acordo em março para restringir a oferta.
Agora, além dos cortes de produção, alguns países devem aumentar compras para suas reservas estratégicas.
A IEA disse que ainda aguarda detalhes, mas destacou que EUA, Índia, China e Coreia do Sul estão entre os que devem fazer as compras ou estão considerando a ideia.
“Se as transferências para reservas estratégicas, que poderiam ser de até 200 milhões de barris, forem acontecer nos próximos três meses ou algo assim, elas poderiam representar cerca de 2 milhões de bpd em oferta retirada do mercado”, disse a IEA.
Fonte: Exame
COVID-19: ONU pede retomada da assistência ao desenvolvimento de países mais pobres
Enquanto os governos lutam para lidar com a pandemia da COVID-19, bilhões de pessoas que vivem em países à beira do colapso econômico estão sendo ameaçadas ainda mais por uma crise de dívida iminente, de acordo com um novo relatório da ONU divulgado na quinta-feira (9).
Para mitigar esse risco, o relatório pede, entre outras coisas, a suspensão do pagamento da dívida dos países menos desenvolvidos e de outros países de baixa renda; fortalecimento da rede global de segurança financeira; e reversão do declínio da assistência oficial ao desenvolvimento.
Enquanto os governos lutam para lidar com a pandemia da COVID-19, bilhões de pessoas que vivem em países à beira do colapso econômico estão sendo ameaçadas ainda mais por uma crise de dívida iminente, de acordo com um novo relatório da ONU divulgado na quinta-feira (9).
Em seu relatório, a Força-Tarefa Interinstitucional para Financiamento ao Desenvolvimento, liderada pelas Nações Unidas, explora os passos que os governos devem adotar para evitar a sobrecarga da dívida e enfrentar o estrago econômico e financeiro causado pela pandemia.
“A comunidade global já estava ficando para trás nos esforços para acabar com a pobreza, tomar medidas climáticas e reduzir as desigualdades”, disse a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed. “Temos uma chance de reconstruir melhor juntos para as pessoas e para o planeta”.
Com recomendações baseadas em pesquisas e análises conjuntas de mais de 60 agências da ONU e instituições internacionais, o Relatório de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável 2020 delineia medidas para lidar com o impacto da recessão global e da turbulência financeira – particularmente nos países mais pobres do mundo.
Países menos desenvolvidos
A crise da COVID-19 abalou os mercados financeiros globais com pesadas perdas e intensa volatilidade, o que levou os investidores a retirar cerca de 90 bilhões de dólares dos mercados emergentes – a maior retirada já registrada.
Particularmente alarmante para muitos países menos desenvolvidos é a perspectiva de uma nova crise da dívida.
Para mitigar esse risco, o relatório pede, entre outras coisas, a suspensão do pagamento da dívida dos países menos desenvolvidos e de outros países de baixa renda; fortalecimento da rede global de segurança financeira; e reversão do declínio da assistência oficial ao desenvolvimento.
“Estamos longe de ter um pacote global para ajudar o mundo em desenvolvimento a criar condições para suprimir a doença e enfrentar as dramáticas consequências em suas populações”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante o recente lançamento de seu relatório sobre o impacto socioeconômico da COVID-19.
“O que é necessário é uma resposta multilateral de larga escala, coordenada e abrangente, que atinja pelo menos 10% do PIB global”, acrescentou.
Medidas atrasadas
Além da resposta imediata à crise, a pandemia de coronavírus deve levar à implementação de medidas há muito esperadas rumo ao caminho do desenvolvimento sustentável e de tornar a economia global mais resistente a choques futuros.
Para fazer isso, o relatório recomenda acelerar o investimento em infraestrutura resiliente; fortalecimento das proteções sociais; aprimorando estruturas regulatórias; e fortalecer a rede internacional de segurança financeira e a estrutura para a sustentabilidade da dívida.
Ao destacar lacunas, novos desafios e riscos, a crise atual também fornece um exemplo oportuno do potencial das tecnologias digitais.
Como os bloqueios e o distanciamento físico se tornaram a norma, as ferramentas de comunicação digital ajudaram a manter as pessoas conectadas e forneceram plataformas online para as crianças continuarem seus estudos.
Mas muitos trabalhadores da chamada “economia dos bicos”, dominada pelas empresas iniciantes do setor de serviços, estão mal protegidos contra as perdas de renda em uma recessão. O financiamento para o desenvolvimento sustentável de 2020 aborda essas lacunas e outras oportunidades e desafios do financiamento digital.
“Apenas uma resposta coletiva, inspirada em responsabilidade e solidariedade compartilhadas, será suficiente para enfrentar os desafios sem precedentes da pandemia de COVID-19”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais e presidente da Força-Tarefa que emitiu o relatório.
“Governos, parceiros de desenvolvimento, setor privado e outras partes interessadas devem trabalhar juntos para combater o COVID-19 e apoiar todos os esforços para lidar com seus impactos sociais e econômicos”, destacou.
Fonte: Nações Unidas
Governo publica MP para aliviar impacto do coronavírus no setor elétrico
O presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que tem como objetivo viabilizar ações de apoio ao setor elétrico em meio aos impactos da pandemia de coronavírus sobre a indústria de energia.
A MP 950, publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de quarta-feira, autoriza a União a destinar 900 milhões de reais para isentar consumidores de baixa renda de custos com a conta de luz entre abril e junho. O texto também autoriza a estruturação pelo governo de operações financeiras para atender distribuidoras de energia elétrica, que têm demonstrado preocupação com problemas de caixa devido à forte queda no consumo de energia e a um possível aumento de inadimplência em meio à crise causada pelo vírus.
O texto também autoriza a estruturação pelo governo de operações financeiras para atender distribuidoras de energia elétrica, que têm demonstrado preocupação com problemas de caixa devido à forte queda no consumo de energia e a um possível aumento de inadimplência em meio à crise causada pelo vírus.
O Ministério de Minas e Energia disse que a MP trata os dois impactos considerados “mais urgentes” da epidemia sobre a indústria elétrica– a perda de capacidade de pagamento pelos consumidores de baixa renda e as dificuldades de caixa das concessionárias de distribuição.
“A medida possibilitará que as distribuidoras continuem honrando seus compromissos com os demais agentes setoriais, preservando a sustentabilidade do setor elétrico”, afirmou a pasta em comunicado nesta quinta-feira.
As operações financeiras em benefício das distribuidoras deverão ser posteriormente amortizadas por meio de um encargo nas tarifas dos consumidores, cobrado na proporção do consumo de energia.
O encargo será regulamentado em ato do poder executivo federal e poderá ser movimentado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A MP vem em meio a conversas do governo com bancos para viabilizar empréstimos emergenciais às distribuidoras durante a pandemia. As empresas do setor alegam que poderiam precisar de entre 15 bilhões e 17 bilhões de reais.
O Ministério de Minas e Energia realizou na semana passada uma reunião com BNDES, Caixa e Banco do Brasil enquanto preparava o pacote de apoio às elétricas.
A MP confirma reportagens da Reuters, que publicou na quarta-feira que o governo preparava uma medida provisória para viabilizar as medidas de socorro às distribuidoras e que o pacote de ações envolveria aporte do Tesouro para permitir o desconto às famílias de baixa renda.
As operações de crédito autorizadas pela MP vão “prover um alívio financeiro às distribuidoras”, segundo o ministério, que também destacou o “benefício aos consumidores mais vulneráveis” permitido pelo texto.
Serão isentos de pagamentos da conta de luz por três meses os consumidores beneficiários da chamada tarifa social de energia, até um nível de consumo de até 220 kWh/mês.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse na semana passada que a isenção deve atingir até 10 milhões de famílias.
A medida envolverá injeção de recursos pelo Tesouro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo do setor elétrico abastecido geralmente por encargos tarifários e que custeia diversos subsídios, incluindo a tarifa social de energia.
A pasta de Minas e Energia ressaltou ainda que a MP é um “primeiro passo” e que “o governo permanece trabalhando para a adoção de medidas adicionais que busquem preservar a sustentabilidade e o equilíbrio econômico financeiro do setor.”
Fonte: UOL
Coronavírus: pesquisa aponta redução nas taxas de poluição durante pandemia
Pesquisadores do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) analisaram os reflexos globais da redução nas taxas de poluição durante a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19. A análise da professora Adriana Wilken, do Departamento de Ciência e Tecnologia Ambiental (DCTA) da instituição, explica o fenômeno com efeitos positivos à saúde e ao meio ambiente em todo o mundo em período de isolamento social.
“Menos combustíveis fósseis estão sendo queimados nos fornos das indústrias e nos tanques de combustão dos veículos, daí a redução dos poluentes gerados nesses processos emitidos para a atmosfera”, introduziu a pesquisadora.
O estudo do Cefet é amparado pela pesquisa recente de Marshall Burke, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. O cientista analisou a relação entre o ar mais limpo e a redução de mortes prematuras na China durante a fase mais crítica do coronavírus. De acordo com o estudo, cerca de 50 mil vidas podem ter sido salvas com a paralisação de fábricas e diminuição drástica do trânsito no país asiático.
Adriana Wilken aponta que diversas substâncias são responsáveis pelo agravamento de problemas de saúde e de danos ambientais. “As indústrias caracterizam-se, predominantemente, como emissoras de material particulado, monóxido de carbono (CO) e dióxido de enxofre (SO2). Os veículos automotores, principalmente os movidos à gasolina, emitem o dióxido de nitrogênio (NO2), o monóxido de carbono (CO) e os hidrocarbonetos (HC). Esses poluentes, de uma forma geral, podem causar doenças em pessoas expostas a eles, principalmente doenças respiratórias. Dependendo do tempo de exposição e condições meteorológicas desfavoráveis, podem até mesmo causar mortes”, explicou.
A emissão do dióxido de carbono (CO2), resultado de qualquer processo de combustão, agrava o efeito estufa, aumentando a temperatura da terra. Consequentemente, surgem problemas como aumento do nível do mar, desertificação de áreas férteis e migração de espécies. No pico da pandemia na China, entre o final de janeiro e meados de fevereiro, a emissão desse poluente caiu 25% em comparação ao mesmo período de 2019. Os dados são do Centro de Pesquisa sobre Energia e Limpeza do Ar, da Finlândia.
No planeta, ocorrem, anualmente, 4,2 milhões de mortes prematuras atribuídas à poluição ambiental, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As principais causas dos óbitos são por doenças cerebrovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica, infecção respiratória, além de câncer de pulmão, traqueia e brônquios. No Brasil, em 2018, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações relacionadas a esses problemas superou R$ 1,3 bilhão.
Medidas alternativas
O professor Arnaldo Freitas, do DCTA do Cefet-MG, acredita que não era necessária uma crise para reduzir a poluição mundial. ”Alternativas já poderiam ter sido utilizadas. O uso de tecnologias sustentáveis empregadas no sistema modal, na matriz energética, na reciclagem de materiais, na gestão adequada de resíduos, no projeto de motores automotivos mais eficientes, na gestão pública voltada ao desenvolvimento sustentável, no planejamento ambiental de cidades, na elaboração de políticas públicas voltadas para a gestão socioeconômica e ambiental, pela adoção de instrumentos e incentivos econômicos de mecanismos ambientais, entre outros”, exemplificou.
“O risco é a qualidade do ar ter uma súbita piora, pois os investimentos para voltar às atividades de uma forma geral, que baseiam-se na queima de petróleo e derivados, aumentariam fortemente a emissão de todos os poluentes citados, incluindo aqueles agravadores do efeito estufa, com consequências globais”, acrescentou Wilken.
Fonte: Diário de Pernambuco
Sustentabilidade: como essa tendência impacta os negócios?
A preocupação e o cuidado com o planeta está além do que se vê. Diante de um mundo digital, para muitos, a natureza poderia ficar em segundo plano. Mas não funciona dessa forma, afinal, a preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade já faz com que a população repense suas escolhas.
Ao menos é o que demonstra a pesquisa realizada Toluna, empresa de estudos com consumidores, em conjunto com a FGV, Fundação Getúlio Vargas: 75% das pessoas mudaram, de alguma forma, seus hábitos de compras e de utilização, visando impactar o planeta de maneira positiva – e demonstrando a sua preocupação com o assunto.
Diante de um cenário tão expressivo, empreendedores buscam formas de responder aos anseios de uma tendência que, sem dúvidas, veio para ficar. “Sabemos que um dos grandes problemas do planeta é a produção de lixo, principalmente plásticos de uso único”, diz Caique Pedrilli, CEO da Hakuna Matata Brindes.
Caique segue dizendo que viu nesse problema uma oportunidade: criar brindes sustentáveis. “Sabemos que o Marketing é presente na vida das empresas. Isso inclui brindes para eventos e campanhas pontuais. Por que, então, não levar o nome da própria empresa atrelada a uma causa?”, questiona.
Sabendo que hoje as marcas oferecem muito mais do que apenas serviços ou produtos – e acabam por representar lifestyles -, Caique entendeu que expressar a preocupação com o meio ambiente por meio dos brindes podia ser uma ótima opção.
Linha sustentável
Para atender empresas, ajudar no posicionamento e agradar a todos que receberão determinado brinde, a Hakuna Matata apostou em uma linha voltada para a sustentabilidade. Abaixo, Caique lista alguns dos itens que compõem essa lista.
Canudo de metal
Com alta resistência, o canudo de metal inox é a opção perfeita para presentear nesse verão. “Temos esse brinde na opção reta e curva. Além de muita resistência e durabilidade, o canudo vem em um kit com case e escovinha para higienização”, aponta.
Squeeze
Para evitar o uso de garrafas plásticas, as squeezes são uma ótima opção. Disponíveis em diversas cores e modelos, a garrafa reutilizável garante um brinde efetivo e que vai acompanhar aquele que a ganhou em todos os lugares.
Copo retrátil
Para aqueles que acreditam que as Squeezes são boas, mas não atendem todos os tipos de bebida, existe a opção dos copos retráteis.
Levando em conta que apenas no Brasil são consumidos 720 milhões de copos descartáveis diariamente, segundo dados da ABRELPE, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos, essa é, sem dúvidas, uma ótima opção de brinde. “Eles são fáceis de carregar, pois não ocupam espaço. É um brinde que agrada a todos”, finaliza Caique.
Brindes para todos os momentos
Criada no início de 2018, a Hakuna Matata Brindes nasce da paixão de seu CEO, Caique Pedrilli, pelo mundo dos brindes.
Em menos de três anos, a empresa já cresceu mais de 800% quando o assunto é faturamento e já conta com mais de 20 colaboradores. Saiba mais: www.hakunamatatabrindes.com.br
Fonte:Terra
Vídeo que fala em desabastecimento em BH publicado por Bolsonaro é ‘fake’
A reportagem da CBN constatou que a Ceasa da capital mineira tem, inclusive, produtos em excesso por causa da baixa procura, provocada pela pandemia do novo coronavírus. O presidente usou o Twitter para divulgar vídeo em que trabalhador critica isolamento.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar o Twitter para atacar governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento. Ele publicou um vídeo em que um trabalhador relata que estandes da Ceasa de Belo Horizonte, em Minas Gerais, estão vazios, mas isso não é verdade. O material foi gravado no sábado, dia de pouco movimento no local.
Nesta quarta-feira, a reportagem da CBN constatou que a central está plenamente abastecida. Segundo os produtores da Ceasa, as atividades estão normais e não existe risco de falta de produtos. A direção ressaltou ainda que não há risco de desabastecimento na cidade, nem no estado, pelo contrário: há, inclusive, produtos em excesso por causa da baixa procura em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns comerciantes relatam melhora nas vendas.
O subsecretario de política e economia agropecuária de Minas Gerais Paulo Ricardo Albanez disse que o vídeo foi gravado durante um momento de limpeza do local. “É uma rotina nas terças, quintas e fins de semana a limpeza do mercado. Enquanto a equipe de limpeza fazia o serviço para a manutenção das condições de higiene e para o bom funcionamento das atividades, fizeram uma filmagem e disseram que estava ocorrendo desabastecimento. Não é verdade. Não há desabastecimento.”
A postagem foi feita numa página oficial de Bolsonaro numa rede social. O homem elogiou o presidente e criticou o isolamento adotado por alguns estados e municípios como medida para conter o avanço do novo coronavírus. Em texto, o presidente escreveu que “não é um desentendimento entre o presidente e alguns governadores e prefeitos”, são “fatos que devem ser mostrados”. E acrescenta que “depois da destruição, não interessa mostrar culpados”.
Bolsonaro tomou a atitude um dia depois de adotar um tom mais ameno no pronunciamento feito na noite desta terça-feira em rede nacional.
Fonte: CBN